Etiópia acolhe reunião de União Africana sobre Líbia e Sahel
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Uma cimeira para examinar a situação na Líbia e na região do Sahel realizar-se-á no início de fevereiro próximo em Addis Abeba, sob a égide do Conselho de Segurança e Paz da União Africana (UA), anunciou terça-feira última o comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA), Smail Chergui.
Uma reunião decorrerá na véspera da Cimeira da UA, prevista para 8 a 9 de fevereiro, na cidade capital etíope, revelou Chergui.
Acrescentou que o fórum versará sobre “a crise líbia e a circulação de armas de fogo, que estão na origem da agravação da situação de segurança no Sahel.”
Além da escalada militar na Líbia, a circulação não controlada das armas provenientes dos arsenais líbios contribuiu amplamente para a degradação da situação de segurança no Sahel, lamentou Chergui.
A UA quer, depois da sua mediação bem-sucedida na República Centroafricana, retomar o dossiê líbio, permanecendo a favor duma solução pacífica e inclusiva na Líbia, revelou um fonte próxima da UA.
O Presidente da República do Congo, Denis Sassou Ngesso, advogou segunda-feira última a inclusão de África na busca de soluções para a crise líbia.
Qualificou de “ineficaz” e de “contraproducente” qualquer solução que visa marginalizar o continente africano.
O Presidente Sassou Nguesso, que preside ao Comité da União Africana de alto nível sobre a Líbia, afirmou que “a Líbia é um país africano e as vítimas da crise líbia são essencialmente Africanos. Por conseguinte, qualquer estratégia de solução para a crise, que visa marginalizar o continente africano, será "ineficaz e totalmente contraproducente."
Falando durante uma cerimónia de cumprimentos por parte do corpo diplomático acreditado no Congo, o chefe do Estado congolês acrescentou que “é por isso que não me vejo obrigado a lançar uma nova iniciativa para fazer da busca de soluções para a crise líbia a prioridade da próxima Cimeira da UA.”
O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Moussa Faki, exprimiu a sua preocupação em relação à ingerência externa nos assuntos internos na Líbia.
Num comunicado divulgado sexta-feira última, Faki afirmou que as ingerências estrangeiras nos assuntos internos da Líbia fazem aumentar confrontos cujos objetivos não servem interesses dos Líbios.
-0- PANA AT/IN AT/IN/TBM/MAR/DD 8jan2020