PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estudo recomenda pesca controlada do tubarão na ZEE de Cabo Verde
Praia, Cabo Vere (PANA) – Um estudo realizado por técnicos cabo-verdianos conclui que a expansão da pescaria do tubarão dentro da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do arquipélago deve ser “gradual e controlada” e levar em consideração a “vulnerabilidade biológica” das espécies.
O documento sobre a Pescaria de Tubarões engloba ainda a elaboração de uma pesquisa, cujos resultados vão ser debatido num ateliê, previsto para esta sexta-feira, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente.
De acordo com o estudo, a pesca de tubarões em Cabo Verde ganhou nos últimos 10 anos uma nova dinâmica e perspetiva-se como “atividade económica interessante” para o setor das pescas.
“Embora a nível nacional ela continua numa fase ainda incipiente, devido ao elevado custo de produção e falta de uma frota especializada e pessoal com formação adequada, é, sobretudo, a nível da pesca estrangeira que esta atividade tem ganhado uma maior expressão e interesse”, indica o estudo citado pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress).
Segundo os investigadores, o facto é que é que as capturas de tubarões, em particular, as duas espécies mais importantes de tubarões azuis (Prionace glauca) e Mako (Isurus oxyrinchus), mostram uma “clara tendência crescente”, nos últimos anos.
Os dados analisados no estudo de diagnóstico indicam um volume de captura da frota estrangeira na ordem de mil a mil e 500 toneladas, segundo declarações de capturas, sendo certo que existe uma “quantidade importante” de tubarões que é ainda desembarcada por embarcações estrangeiras que operam dentro e fora da ZEE de Cabo Verde.
Por isso, o estudo alerta que, para as duas espécies mais capturadas, há uma “necessidade urgente” de se criar medidas de gestão e regulamentação para atenuar o esforço de pesca, até que as autoridades estejam na posse de informações estatísticas e biológicas “sólidas e consistentes”.
Nas recomendações no campo da investigação, o grupo que elaborou o estudo de diagnóstico, coordenado pelo biólogo Carlos Monteiro recomenda a criação de um programa de investigação sobre as principais espécies e a promoção de estudos de avaliação de potencial e de viabilidade económica da pesca.
Aponta ainda para o melhoramento e a adaptação do sistema estatístico (base de dados) para responder às necessidades de informação sobre evolução da pesca de tubarões e a criação de um programa de observadores de bordo e amostragem biológica das principais espécies.
No capítulo da legislação e fiscalização a recomendação vai no sentido da criação de um quadro legal para a regulamentação do acesso, uso e exploração da pesca de tubarões e de legislação específica para regular as atividades do ecoturismo, baseado em observação de tubarões.
As recomendações do estudo apontam também para o reforço da capacidade de fiscalização com melhores meios humanos, técnicos e financeiros, bem como a comunicação e articulação entre os diferentes atores envolvidos na conservação, gestão e exploração de tubarões.
-0- PANA CS/IZ 14julho2017
O documento sobre a Pescaria de Tubarões engloba ainda a elaboração de uma pesquisa, cujos resultados vão ser debatido num ateliê, previsto para esta sexta-feira, na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente.
De acordo com o estudo, a pesca de tubarões em Cabo Verde ganhou nos últimos 10 anos uma nova dinâmica e perspetiva-se como “atividade económica interessante” para o setor das pescas.
“Embora a nível nacional ela continua numa fase ainda incipiente, devido ao elevado custo de produção e falta de uma frota especializada e pessoal com formação adequada, é, sobretudo, a nível da pesca estrangeira que esta atividade tem ganhado uma maior expressão e interesse”, indica o estudo citado pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress).
Segundo os investigadores, o facto é que é que as capturas de tubarões, em particular, as duas espécies mais importantes de tubarões azuis (Prionace glauca) e Mako (Isurus oxyrinchus), mostram uma “clara tendência crescente”, nos últimos anos.
Os dados analisados no estudo de diagnóstico indicam um volume de captura da frota estrangeira na ordem de mil a mil e 500 toneladas, segundo declarações de capturas, sendo certo que existe uma “quantidade importante” de tubarões que é ainda desembarcada por embarcações estrangeiras que operam dentro e fora da ZEE de Cabo Verde.
Por isso, o estudo alerta que, para as duas espécies mais capturadas, há uma “necessidade urgente” de se criar medidas de gestão e regulamentação para atenuar o esforço de pesca, até que as autoridades estejam na posse de informações estatísticas e biológicas “sólidas e consistentes”.
Nas recomendações no campo da investigação, o grupo que elaborou o estudo de diagnóstico, coordenado pelo biólogo Carlos Monteiro recomenda a criação de um programa de investigação sobre as principais espécies e a promoção de estudos de avaliação de potencial e de viabilidade económica da pesca.
Aponta ainda para o melhoramento e a adaptação do sistema estatístico (base de dados) para responder às necessidades de informação sobre evolução da pesca de tubarões e a criação de um programa de observadores de bordo e amostragem biológica das principais espécies.
No capítulo da legislação e fiscalização a recomendação vai no sentido da criação de um quadro legal para a regulamentação do acesso, uso e exploração da pesca de tubarões e de legislação específica para regular as atividades do ecoturismo, baseado em observação de tubarões.
As recomendações do estudo apontam também para o reforço da capacidade de fiscalização com melhores meios humanos, técnicos e financeiros, bem como a comunicação e articulação entre os diferentes atores envolvidos na conservação, gestão e exploração de tubarões.
-0- PANA CS/IZ 14julho2017