PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estudo recomenda melhoria de empoderamento de mulher em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde, apesar de já ter feito muito para a promoção da mulher, necessita de uma abordagem mais holística e mais integrada, visando um “salto qualitativo” para o seu empoderamento e a qualidade de vida das famílias, apurou a PANA de fonte segura.
A informação consta de um estudo apresentado, quinta-feira, na cidade da Praia, como documento de estratégia do país nesta matéria, sob o lema “Perfil de Género de Cabo Verde” e que contou com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da ONU Mulheres.
O documento recomenda ainda a substituição do programa microcrédito para o financiamento de atividades geradoras de riqueza e o bem-estar social para as mulheres.
Segundo a representante da ONU Mulheres, Vanilde Furtado, essa recomendação tem como propósito fazer com que “se passe a falar de uma forma mais holística de programas económicos” que permitam que as mulheres do meio rural saiam da pobreza, que potencialize o agro-negócios feitos por elas e permitir que também consigam atingir o mercado turístico.
Para Vanilda Furtado, esse é um trabalho de combinação de esforços que deve envolver vários setores, numa intervenção mais forte e com ponderação temporal maior, apesar de todos os avanços que o país conseguiu em termos de promoção dos direitos sociais, ligados à educação e à saúde, e no quadro legal, particularmente com leis específicas de combate à discriminação e violência, assim como a proteção da criança e do adolescente.
“Por tudo isso, o que falta ao país e que o permitirá dar um salto qualitativo e proporcionar a transformação que se quer na vida das mulheres é a questão do empoderamento das mulheres, pois, Cabo Verde continua a ter a pobreza com o rosto feminino”, realçou.
Vanilda Furtado sublinhou que o estudo reconhece que, apesar das mulheres terem um nível de formação superior ao dos homens, elas continuam a ser as mais afetadas pelo desemprego, as que mais se encontram no setor informal, as que quase não possuem cobertura da proteção social, “o que tem contribuído para a sua insegurança relativamente ao futuro e à impossibilidade de gerarem rendimentos e qualidade de vida aos membros da família”.
Este é o primeiro ateliê de divulgação de resultados preliminares de uma missão conjunta do documento “Perfil de Género de Cabo Verde”, realizado junto das mulheres do meio urbano e rural com o objetivo de recolher informações e traçar o cenário dos progressos e delinear os desafios persistentes neste domínio.
Cabo Verde pretende que este “Perfil de Género” seja mais um instrumento a somar aos já existentes, nomeadamente o Programa de Governo, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e o Plano Nacional de Igualdade de Género, no que se refere à visão global a nível de políticas públicas e de iniciativas legislativas, bem como judiciais, visando o empoderamento da mulher.
-0- PANA CS/DD 19maio2017
A informação consta de um estudo apresentado, quinta-feira, na cidade da Praia, como documento de estratégia do país nesta matéria, sob o lema “Perfil de Género de Cabo Verde” e que contou com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da ONU Mulheres.
O documento recomenda ainda a substituição do programa microcrédito para o financiamento de atividades geradoras de riqueza e o bem-estar social para as mulheres.
Segundo a representante da ONU Mulheres, Vanilde Furtado, essa recomendação tem como propósito fazer com que “se passe a falar de uma forma mais holística de programas económicos” que permitam que as mulheres do meio rural saiam da pobreza, que potencialize o agro-negócios feitos por elas e permitir que também consigam atingir o mercado turístico.
Para Vanilda Furtado, esse é um trabalho de combinação de esforços que deve envolver vários setores, numa intervenção mais forte e com ponderação temporal maior, apesar de todos os avanços que o país conseguiu em termos de promoção dos direitos sociais, ligados à educação e à saúde, e no quadro legal, particularmente com leis específicas de combate à discriminação e violência, assim como a proteção da criança e do adolescente.
“Por tudo isso, o que falta ao país e que o permitirá dar um salto qualitativo e proporcionar a transformação que se quer na vida das mulheres é a questão do empoderamento das mulheres, pois, Cabo Verde continua a ter a pobreza com o rosto feminino”, realçou.
Vanilda Furtado sublinhou que o estudo reconhece que, apesar das mulheres terem um nível de formação superior ao dos homens, elas continuam a ser as mais afetadas pelo desemprego, as que mais se encontram no setor informal, as que quase não possuem cobertura da proteção social, “o que tem contribuído para a sua insegurança relativamente ao futuro e à impossibilidade de gerarem rendimentos e qualidade de vida aos membros da família”.
Este é o primeiro ateliê de divulgação de resultados preliminares de uma missão conjunta do documento “Perfil de Género de Cabo Verde”, realizado junto das mulheres do meio urbano e rural com o objetivo de recolher informações e traçar o cenário dos progressos e delinear os desafios persistentes neste domínio.
Cabo Verde pretende que este “Perfil de Género” seja mais um instrumento a somar aos já existentes, nomeadamente o Programa de Governo, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) e o Plano Nacional de Igualdade de Género, no que se refere à visão global a nível de políticas públicas e de iniciativas legislativas, bem como judiciais, visando o empoderamento da mulher.
-0- PANA CS/DD 19maio2017