PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estudo recomenda maior qualidade e equidade do sistema educativo em cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Relatório de Educação para Todos 2000-2015 e Desafios pós-2015, apresentado esta semana, na cidade da Praia, recomenda a aposta numa maior qualidade e equidade do sistema educativo em Cabo Verde.
O documento, elaborado pela Direção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Educação e Desporto, tem por objetivo dar a conhecer o ponto da situação da educação em Cabo Verde, desde 2000, e apresentar as prioridades e desafios pós-2015.
O relatório recomenda que, no quadro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (até 2030), o arquipélago deve implementar o plano nacional da pequena infância com a promoção da melhoria da educação neste subsistema, qualificação dos agentes educativos e construção e reabilitação de infraestruturas educativas nas zonas rurais.
No ensino básico, o estudo aconselha a consolidação do aumento da escolaridade mínima para oito anos, a garantia da qualidade e equidade, assim como o aumento da eficácia interna e externa do sistema, com a diminuição dos índices de repetência e abandono escolar.
A aposta na consolidação das mudanças introduzidas nas práticas educativas, num novo sistema de avaliação, na modernização da gestão das escolas e dos estabelecimentos de ensino e num novo modelo de supervisão e inspeção escolares, são também recomendações feitas no documento.
Outros investimentos apontados como urgentes pelo documento dizem respeito à qualidade dos recursos humanos do setor, a introdução de línguas estrangeiras o mais cedo possível nos planos de estudo e um novo estatuto para a implementação da carreira docente.
No que se refere ao ensino secundário geral e técnico-profissional, o relatório constatou que o setor precisa de maior eficácia interna com a redução das taxas de reprovação e abandono.
Ao mesmo tempo, recomenda atenção devida à modernização dos liceus e escolas técnicas, bem como a continuação da implementação do sistema nacional das qualificações profissionais.
Dentre as medidas propostas, destaca-se, igualmente, a consolidação da carta de política integrada para uma maior harmonização e articulação entre educação, formação e emprego, promoção do espírito de iniciativa económica e de autoemprego, alargamento e consolidação do empreendedorismo no ensino geral e técnico-profissional.
Além do reforço do ensino das ciências e das línguas estrangeiras, o relatório considera que,
no domínio da alfabetização de adultos, é preciso um engajamento de todos na luta contra o analfabetismo e respostas à altura das necessidades de jovens e adultos para a sua inserção na vida ativa.
Recomenda ainda a consolidação da cobertura do sistema educativo/diminuição das disparidades sociais e regionais e a busca por modelos sustentáveis de financiamento do sub-sistema, que deve aproveitar as oportunidades das novas tecnologias e do próprio mercado.
A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardison, reconheceu, na ocasião, que o arquipélago regista "progressos significativos" em termos de educação para todos.
Porém, ressalvou, o arquipélago deve perspetivar a educação com novos desafios, no sentido de alcançar a qualidade e acabar com o abandono escolar, sobretudo de rapazes, bem como adaptar o setor à nova realidade do século XXI, que é da sociedade de conhecimentos.
-0- PANA CS/IZ 04julho2015
O documento, elaborado pela Direção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério da Educação e Desporto, tem por objetivo dar a conhecer o ponto da situação da educação em Cabo Verde, desde 2000, e apresentar as prioridades e desafios pós-2015.
O relatório recomenda que, no quadro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (até 2030), o arquipélago deve implementar o plano nacional da pequena infância com a promoção da melhoria da educação neste subsistema, qualificação dos agentes educativos e construção e reabilitação de infraestruturas educativas nas zonas rurais.
No ensino básico, o estudo aconselha a consolidação do aumento da escolaridade mínima para oito anos, a garantia da qualidade e equidade, assim como o aumento da eficácia interna e externa do sistema, com a diminuição dos índices de repetência e abandono escolar.
A aposta na consolidação das mudanças introduzidas nas práticas educativas, num novo sistema de avaliação, na modernização da gestão das escolas e dos estabelecimentos de ensino e num novo modelo de supervisão e inspeção escolares, são também recomendações feitas no documento.
Outros investimentos apontados como urgentes pelo documento dizem respeito à qualidade dos recursos humanos do setor, a introdução de línguas estrangeiras o mais cedo possível nos planos de estudo e um novo estatuto para a implementação da carreira docente.
No que se refere ao ensino secundário geral e técnico-profissional, o relatório constatou que o setor precisa de maior eficácia interna com a redução das taxas de reprovação e abandono.
Ao mesmo tempo, recomenda atenção devida à modernização dos liceus e escolas técnicas, bem como a continuação da implementação do sistema nacional das qualificações profissionais.
Dentre as medidas propostas, destaca-se, igualmente, a consolidação da carta de política integrada para uma maior harmonização e articulação entre educação, formação e emprego, promoção do espírito de iniciativa económica e de autoemprego, alargamento e consolidação do empreendedorismo no ensino geral e técnico-profissional.
Além do reforço do ensino das ciências e das línguas estrangeiras, o relatório considera que,
no domínio da alfabetização de adultos, é preciso um engajamento de todos na luta contra o analfabetismo e respostas à altura das necessidades de jovens e adultos para a sua inserção na vida ativa.
Recomenda ainda a consolidação da cobertura do sistema educativo/diminuição das disparidades sociais e regionais e a busca por modelos sustentáveis de financiamento do sub-sistema, que deve aproveitar as oportunidades das novas tecnologias e do próprio mercado.
A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardison, reconheceu, na ocasião, que o arquipélago regista "progressos significativos" em termos de educação para todos.
Porém, ressalvou, o arquipélago deve perspetivar a educação com novos desafios, no sentido de alcançar a qualidade e acabar com o abandono escolar, sobretudo de rapazes, bem como adaptar o setor à nova realidade do século XXI, que é da sociedade de conhecimentos.
-0- PANA CS/IZ 04julho2015