Agência Panafricana de Notícias

Estados da CEDEAO instados a cooperar em política industrial regional

Lagos, Nigéria (PANA) – A Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encarregou os peritos do comércio, da indústria e do setor privado, conjuntamente com os outros atores, a sensibilizar e mobilizar os Estados-membros sobre a necessidade de se acelerar a implementação da Política Industrial Comum da África Ocidental (PICAO), adotada em julho de 2010.

Abrindo um seminário regional de três dias sobre a PICAO em Lomé, no Togo, o comissário da CEDEAO para o Comércio, Alfândega, Indústria e Minas, Turismo e Livre Circulação, Hamid Ahmed, disse esta semana que a sensibilização e a mobilização são necessárias para atrair os devidos investimentos externos para o desenvolvimento industrial da região.

"A industrialização não é uma coisa fácil", segundo o comissário que acrescentou que ela comporta diversos riscos e desafios.

Convidou os empresários públicos e privados e outros atores dos Estados-membros a consentirem os sacrifícios necessários e a assumirem os riscos razoáveis para tornar a região competitiva no mercado mundial pela aplicação da PICAO.

Neste sentido, o comissário para o Comércio reafirmou o apoio da Comissão aos Estados-membros e aos outros atores interessados, nomeadamente os comerciantes e empresários itinerantes.

Segundo o diretor da Indústria e Minas da CEDEAO, Mensan Lawson-Hechelli, os objetivos maiores da PICAO são a diversificação e o alargamento da base de produção industrial da região pelo aumento da taxa de transformação das matérias-primas de 15 a 20 porcento para mais de 30 porcento até 2030, através do apoio à criação de uma nova capacidade de produção industrial e do aumento da contribuição das indústrias manufatureiras ao Produto Interno Bruto (PIB) regional.

Os outros objetivos são o desenvolvimento progressivo das trocas intracomunitárias na África Ocidental de menos de 12 porcento para 40 porcento até 2030, com uma parte de 50 porcento do comércio regional dos produtos manufaturados, nomeadamente na área da energia, bem como o acréscimo do volume das exportações dos produtos manufaturados da região para o mercado mundial de 0,1 atualmento atualmente para menos de um porcento até 2030.

Lawson-Hechelli explicou que a implementação da PICAO completará as outras iniciativas regionais como o Programa de Liberalização do Comércio da CEDEAO e a Tarifa Externa Comum, destinados a acelerar o desenvolvimento industrial e económico da África Ocidental.

O simpósio regional, encerrado com uma reunião ministerial sexta-feira, visou mobilizar os atores nacionais e comunitários para uma implementação efetiva da PICAO.

-0- PANA SEG/FJG/TBM/IBA/CJB/IZ 31março2012