Agência Panafricana de Notícias

Estados africanos do Atlântico confiam à Guiné pequisa sobre cetáceos

Rabat, Marrocos (PANA) – A Conferência Ministerial sobre a Cooperação Haliêutica entre os Estados Africanos do Oceano Atlântico (COMHAFAT) confiou ao Centro Nacional Guineense das Ciências Haliêuticas de Boussoura a campanha de pesquisa visual baleeira e a formação de investigadores africanos em técnicas de pesquisa haliêutica.

« A COMHAFAT confiou à Guiné a organização, a partir de agosto corrente, da sua sexta campanha de pesquisas visuais dos cetáceos, do reforço e da harmonização da campanha haliêutica dos seus Estados-membros », indica um comunicado da Conferência sediada em Rabat.

No termo desta campanha, de acordo com a mesma fonte, uma equipa de peritos em avaliação dos recursos da região COMHAFAT será formada e uma rede de troca de informações sobre o estado dos stocks da região instalada.

Além disso, os resultados sobre a biomassa dos recursos nos países deste projeto bem como os relativos aos hábitos alimentares e aos períodos de reprodução das principais espécies devem ser identificados e divulgados, sublinha o comunicado distribuído segunda-feira.

Por outro lado, a otimização da exploração dos organismos aquáticos vivos tais como peixes, cefapólodes e crustáceos necessita de uma avalição regular e da pesquisa do nível de exploração que, a prazo, permita obter um rendimento ponderal máximo, segundo a mesma fonte.

O comunicado dá igualmente conta de métodos de análises dos dados, do sistema de acompanhamento das pescarias marítimas e da observação dos cetáceos na zona da África Central, nomeadamente nas águas do Gabão.

Investigadores que representam o Benin, os Camarões, a República do Congo, a Guiné, o Gabão, o Gana, Marrocos, a Mauritânia, o Senegal e o Togo bem como o Japão (parceiro internacional) participarão nos trabalhos desta campanha financiada pela COMHAFAT.

A COMHAFAT, que agrupa 22 países africanos do Atlântico e da qual Marrocos assume o Secretariado permanente, tem por objetivo, nomeadamente promover uma cooperação ativa e restruturada em matéria de desenvolvimento das pescas na região e dinamizar todos os setores económicos nacionais com base em efeitos diretos e induzidos que podem resultar da exploração dos recursos haliêuticos.

-0- PANA HBK/TBM/SOC/FK 09agosto2011