PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estados africanos chamados a ter prudência em projetos nucleares
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A União Africana (UA) advertiu contra a corrida às centrais nucleares devido ao peso financeiro que tais projetos podem ter nas economias dos países africanos.
O Quénia, a Nigéria, a África do Sul e a Namíbia figuram entre os países africanos que anunciaram planos para instalar centrais nucleares a fim de produzir eletricidade para as suas economias.
Abdul Samad Minty, presidente da Comissão da UA sobre a Energia Nuclear (AFCONE), exortou os países africanos desejosos de construir centrais nucleares a irem lentamente até que estudos mais intensos estejam disponíveis sobre a melhor forma e mais efetiva de executar tais programas.
«Os países que desejem possuir estas centrais nucleares poderão deparar-se com uma situação economicamente danosa. O custo poderá avaliar-se em vários biliões de dólares americanos, pois um projeto de uma duração de 10 anos poderá ser concebido para custar quatro a cinco biliões de dólares americanos. Na realidade, um projeto desta natureza pode levar 15 anos”, declarou sexta-feira o embaixador sul-africano em Genebra, na Suíça, Minty.
A maior parte dos países africanos que pretendem construir estas centrais nucleares contam com empréstimos fáceis mas os juros são mais elevados e os doadores de fundos europeus não advertem dos prazos, alertou o diplomata sul-africano.
« Temos um caso preciso de um país europeu confrontado agora com uma situação desfavorável depois de optar por um programa francês. Desejamos estar disponíveis para apoiarmos estes países”, acrescentou Minty no fim da III conferência dos Estados signatários do tratado para uma zona africana sem armas nucleares, igualmente denominado Tratado de Pelindaba.
Sublinhou na ocasião que os Estados africanos precisam de beneficiar dos desenvolvimentos associados às tecnologias nucleares pacíficas.
Há 38 países africanos signatários do Tratado Pelindaba, nomeado após a zona do programa nuclear sul-africana, referiu Minty sublinhando a necessidade de criar um mapa nuclear de África, que forneça um perfil dos países com cientistas bem formados.
«Temos que avaliar a capacidade disponível. A maior parte dos nossos cientistas foram formados em ciências nucleares nos países ocidentais mas eles não têm ferramentas. Precisamos de equipamentos para os nossos cientistas. Eles não podem utilizar a sua capacidade sem equipamentos”, indicou Minty.
"Apesar de muitos países querer ter centrais nucleares, exceto a África do Sul, o único país africano com reator nuclear. A África do Sul quer construir quatro centrais nucleares ao passo que os países que têm planos de construção de centrais nucleares criaram um fórum de reguladores nucleares", disse o diplomata sul-africano.
-0- PANA AO/VAO/MTA/BEH/FK/DD 31maio2014
O Quénia, a Nigéria, a África do Sul e a Namíbia figuram entre os países africanos que anunciaram planos para instalar centrais nucleares a fim de produzir eletricidade para as suas economias.
Abdul Samad Minty, presidente da Comissão da UA sobre a Energia Nuclear (AFCONE), exortou os países africanos desejosos de construir centrais nucleares a irem lentamente até que estudos mais intensos estejam disponíveis sobre a melhor forma e mais efetiva de executar tais programas.
«Os países que desejem possuir estas centrais nucleares poderão deparar-se com uma situação economicamente danosa. O custo poderá avaliar-se em vários biliões de dólares americanos, pois um projeto de uma duração de 10 anos poderá ser concebido para custar quatro a cinco biliões de dólares americanos. Na realidade, um projeto desta natureza pode levar 15 anos”, declarou sexta-feira o embaixador sul-africano em Genebra, na Suíça, Minty.
A maior parte dos países africanos que pretendem construir estas centrais nucleares contam com empréstimos fáceis mas os juros são mais elevados e os doadores de fundos europeus não advertem dos prazos, alertou o diplomata sul-africano.
« Temos um caso preciso de um país europeu confrontado agora com uma situação desfavorável depois de optar por um programa francês. Desejamos estar disponíveis para apoiarmos estes países”, acrescentou Minty no fim da III conferência dos Estados signatários do tratado para uma zona africana sem armas nucleares, igualmente denominado Tratado de Pelindaba.
Sublinhou na ocasião que os Estados africanos precisam de beneficiar dos desenvolvimentos associados às tecnologias nucleares pacíficas.
Há 38 países africanos signatários do Tratado Pelindaba, nomeado após a zona do programa nuclear sul-africana, referiu Minty sublinhando a necessidade de criar um mapa nuclear de África, que forneça um perfil dos países com cientistas bem formados.
«Temos que avaliar a capacidade disponível. A maior parte dos nossos cientistas foram formados em ciências nucleares nos países ocidentais mas eles não têm ferramentas. Precisamos de equipamentos para os nossos cientistas. Eles não podem utilizar a sua capacidade sem equipamentos”, indicou Minty.
"Apesar de muitos países querer ter centrais nucleares, exceto a África do Sul, o único país africano com reator nuclear. A África do Sul quer construir quatro centrais nucleares ao passo que os países que têm planos de construção de centrais nucleares criaram um fórum de reguladores nucleares", disse o diplomata sul-africano.
-0- PANA AO/VAO/MTA/BEH/FK/DD 31maio2014