PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estados Unidos saúdam condenação à prisão perpétua de Hissene Habré
Washington, DC, Estados Unidos (PANA) – Os Estados Unidos congratulam-se com a condenação à prisão perpétua do ex-Presidente ditador tchadiano, Hissene Habré, qualificando-a de "um passo decisivo na luta internacional contra a impunidade por atrocidade", indica um comunicado oficial do Departamento de Estado.
"Este julgamento é histórico na luta internacional contra a impunidade por atrocidades, crimes de guerra e crimes contra a humanidade", considera o secretário de Estado americano, John Kerry, citado na nota divulgada segunda-feira em Washington DC.
"Os crimes de Habré eram numerosos, calculados e graves", indignou-se o chefe da diplomacia americana.
Indicou que o mandato de Habré de oito anos (de1982 a 1990), enquanto Presidente do Tchad, foi marcado por violações sistemáticas à grande escala, incluindo o assassinato de cerca de 40 mil pessoas, violações sexuais generalizadas, detenções de massa, desaparecimentos forçados e torturas.
Kerry frisou que, sem a tenacidade dos seus acusadores e o seu pedido de justiça, Habre nunca poderia ter sido julgado.
"Saudo particularmente a coragem de cerca de uma centena de vítimas que testemunharam e espero que as verdades reveladas por um processo justo e imparcial dêem, em certas medidas, a paz a milhares de vítimas e às suas famílias", desejou.
Kerry indicou que, enquanto país respeitoso dos direitos humanos e em busca da justiça, os Estados Unidos tinham lá uma ocasião de refletir e tirar suas próprias lições dos eventos ocorridos no Tchad durante o regime Habré.
« Felicito calorosamente o Governo senegalês, o Governo tchadiano e a União Africana pela criação das Câmaras Africanas Extraordinárias que permitiram a organização dum julgamento equitativo e justo. Que isto seja um advertimento, para outros autores de atrocidades maciças, mesmos as cometidas ao mais alto nível, nomeadamente por ex-chefes de Estado, de que estas ações já não serão toleradas e que serão julgados mais dia menos dia”, declarou o secretário de Estado americano.
De facto, as Câmaras Africanas Extraordinárias acusaram segunda-feira o ex-Presidente tchadiano de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, a tortura, violações e a escravidão sexuais, condenando-o finalmente à prisão perpétua.
A 22 de agosto de 2012, o Senegal e a UA assinaram um acordo sobre a criação destas Câmaras Africanas Extraordinárias, no sistema judicial senegalês, para julgar presumíveis autores de crimes internacionais cometidos no Tchad entre 1982 e 1990, nomeadamente genocídios, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e a tortura.
-0- PANA MA/FJG/JSG/MAR/DD 31maio2016
"Este julgamento é histórico na luta internacional contra a impunidade por atrocidades, crimes de guerra e crimes contra a humanidade", considera o secretário de Estado americano, John Kerry, citado na nota divulgada segunda-feira em Washington DC.
"Os crimes de Habré eram numerosos, calculados e graves", indignou-se o chefe da diplomacia americana.
Indicou que o mandato de Habré de oito anos (de1982 a 1990), enquanto Presidente do Tchad, foi marcado por violações sistemáticas à grande escala, incluindo o assassinato de cerca de 40 mil pessoas, violações sexuais generalizadas, detenções de massa, desaparecimentos forçados e torturas.
Kerry frisou que, sem a tenacidade dos seus acusadores e o seu pedido de justiça, Habre nunca poderia ter sido julgado.
"Saudo particularmente a coragem de cerca de uma centena de vítimas que testemunharam e espero que as verdades reveladas por um processo justo e imparcial dêem, em certas medidas, a paz a milhares de vítimas e às suas famílias", desejou.
Kerry indicou que, enquanto país respeitoso dos direitos humanos e em busca da justiça, os Estados Unidos tinham lá uma ocasião de refletir e tirar suas próprias lições dos eventos ocorridos no Tchad durante o regime Habré.
« Felicito calorosamente o Governo senegalês, o Governo tchadiano e a União Africana pela criação das Câmaras Africanas Extraordinárias que permitiram a organização dum julgamento equitativo e justo. Que isto seja um advertimento, para outros autores de atrocidades maciças, mesmos as cometidas ao mais alto nível, nomeadamente por ex-chefes de Estado, de que estas ações já não serão toleradas e que serão julgados mais dia menos dia”, declarou o secretário de Estado americano.
De facto, as Câmaras Africanas Extraordinárias acusaram segunda-feira o ex-Presidente tchadiano de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, a tortura, violações e a escravidão sexuais, condenando-o finalmente à prisão perpétua.
A 22 de agosto de 2012, o Senegal e a UA assinaram um acordo sobre a criação destas Câmaras Africanas Extraordinárias, no sistema judicial senegalês, para julgar presumíveis autores de crimes internacionais cometidos no Tchad entre 1982 e 1990, nomeadamente genocídios, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e a tortura.
-0- PANA MA/FJG/JSG/MAR/DD 31maio2016