Estados Unidos exigem cessar-fogo na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – Os Estados Unidos apelaram finalmente para um cessar-fogo, em Trípoli, e o regresso das partes ao processo político conduzido pelas Nações Unidas e bloqueado pela ofensiva lançada pela rebelião do marechal Khalifa Haftar, a 4 de abril último, pela tomada da capital líbia.
Numa intervenção quarta-feira durante uma sessão do Conselho de Segurança sobre a Líbia, o representante permanente dos Estados Unidos na organização mundial, Jonathan Cohen, afirmou que o seu país “está profundamente preocupado pela instabilidade, em Trípoli, que põe em perigo civis inocentes”.
Sublinhou que a paz e a estabilidade duradouras, na Líbia, "só podem ser alcançadas através de uma solução política", segundo extratos da intervenção divulgados quinta-feira pela imprensa líbia, em Trípoli.
Jonathan Cohen insistiu na necessidade do regresso de todas as partes na Líbia ao processo político sob a égide das Nações Unidas na Líbia, “do qual depende o êxito do cessar-fogo, em Trípoli e arredores”.
O representante dos Estados Unidos afirmou que o seu país apoia os esforços em curso do representante especial da ONU e chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) para evitar uma nova escalada e traçar a via a seguir para garantir a segurança e a prosperidade de todos os Líbios.
O diplomata americano indicou também que os Estados Unidos "não tolerarão os abusos cometidos na Líbia", e que continuam preocupados "pelas violações cometidas pelos traficantes e pelos passadores contra os migrantes e os refugiados”.
A posição dos Estados Unidos flutuou entre a atitude do secretário de Estado americano, Mike Pampeo, que condenou a ofensiva do marechal Haftar contra Trípoli, e a do Presidente Donald Trump, que contactou com o chefe rebelde, garantindo-lhe apoio na sua "luta contra o terrorismo e pela segurança das fontes de produção de petróleo".
Os combates, em Tripoli, entre as forças do autoproclamado Exército Nacional Líbio (LNA), do marechal Haftar, e as forças fiéis ao Governo Nacional de Acordo (GNA) fizeram, até agora, 443 mortos, dois mil e 553 feridos e 60 mil deslocados, segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde.
-0- PANA BY/BEH/IBA/MAR/IZ 10maio2019