PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Estados Unidos evacuam diplomatas e cidadãos da Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) - Um total de 128 Americanos - diplomatas e pessoal da Embaixada dos Estados Unidos em Túnis - deixaram a Tunísia domingo para o seu país, após as instruções dadas pelo seu Governo, soube a PANA de fonte próxima da representação diplomática.
A evacuação dos cidadãos americanos ocorre após as violências de que a representação diplomática em Túnis foi vítima sexta-feira passada por parte de manifestantes, islamitas radicais na maioria, em reação à difusão do filme "A Inocência dos Muçulmanos" produzido por um Israelo-americano e que ofende o profeta Maomé.
Num comunicado, o Departamento de Estado ordenou sábado " a todo o pessoal que trabalha para o Governo americano e cuja presença na Tunísia não é indispensável a deixar imediatamente o território tunisino".
Washington desaconselhou igualmente aos cidadãos americanos "qualquer viagem para a Tunísia neste momento", advertindo os que ficam no país a "demostrar uma extrema prudência e evitar as manifestações".
Apesar dum dispositivo de segurança reforçado, manifestantes salafistas conseguiram introduzir-se sexta-feira no recinto da Embaixada e retirar a bandeira americana para a substituir por um emblema preto.
Eles incendiaram igualmente mais de 60 viaturas estacionadas no parque da Embaixada e queimaram edifícios da escola americana situada nas proximidades.
Os confrontos causaram a morte de quatro manifestantes e fizeram cerca de 50 feridos, das quais mais de metade agentes da ordem.
Reunidos de emergência ao mais alto nível, as autoridades tunisinas "condenaram firmemente" estes atos de violência "irresponsáveis".
"As autoridades tunisinas comprometem-se a proteger as sedes das Embaixadas e das missões diplomáticas na Tunísia e a tomar todas as medidas necessárias para garantir, bem como aos seus funcionários, toda a segurança, em conformidade com as disposições do direito internacional e aos costumes em vigor neste domínio", garante um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Durante uma conversa telefónica com a sua homóloga americana, Hillary Clinton, o chefe da diplomacia tunisina, Rafik Abdessalem, reiterou a condenação pela Tunísia dos "atos de vandalismo estrangeiros à cultura tunisina".
Segundo Túnis, Hillary Clinton felicitou-se pelos esforços empreendidos pelas autoridades tunisinas para controlar a situação, salientando "o engajamento da administração do seu país a continuar o apoio ao processo de transição democrática na Tunísia" e "um pequeno grupo de pessoas não podem entravar o funcionamento deste processo".
Os dois ministros decidiram concertar-se mais durante uma reunião prevista em finais de setembro em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
-0- PANA BB/JSG/MAR/TON 17set2012
A evacuação dos cidadãos americanos ocorre após as violências de que a representação diplomática em Túnis foi vítima sexta-feira passada por parte de manifestantes, islamitas radicais na maioria, em reação à difusão do filme "A Inocência dos Muçulmanos" produzido por um Israelo-americano e que ofende o profeta Maomé.
Num comunicado, o Departamento de Estado ordenou sábado " a todo o pessoal que trabalha para o Governo americano e cuja presença na Tunísia não é indispensável a deixar imediatamente o território tunisino".
Washington desaconselhou igualmente aos cidadãos americanos "qualquer viagem para a Tunísia neste momento", advertindo os que ficam no país a "demostrar uma extrema prudência e evitar as manifestações".
Apesar dum dispositivo de segurança reforçado, manifestantes salafistas conseguiram introduzir-se sexta-feira no recinto da Embaixada e retirar a bandeira americana para a substituir por um emblema preto.
Eles incendiaram igualmente mais de 60 viaturas estacionadas no parque da Embaixada e queimaram edifícios da escola americana situada nas proximidades.
Os confrontos causaram a morte de quatro manifestantes e fizeram cerca de 50 feridos, das quais mais de metade agentes da ordem.
Reunidos de emergência ao mais alto nível, as autoridades tunisinas "condenaram firmemente" estes atos de violência "irresponsáveis".
"As autoridades tunisinas comprometem-se a proteger as sedes das Embaixadas e das missões diplomáticas na Tunísia e a tomar todas as medidas necessárias para garantir, bem como aos seus funcionários, toda a segurança, em conformidade com as disposições do direito internacional e aos costumes em vigor neste domínio", garante um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Durante uma conversa telefónica com a sua homóloga americana, Hillary Clinton, o chefe da diplomacia tunisina, Rafik Abdessalem, reiterou a condenação pela Tunísia dos "atos de vandalismo estrangeiros à cultura tunisina".
Segundo Túnis, Hillary Clinton felicitou-se pelos esforços empreendidos pelas autoridades tunisinas para controlar a situação, salientando "o engajamento da administração do seu país a continuar o apoio ao processo de transição democrática na Tunísia" e "um pequeno grupo de pessoas não podem entravar o funcionamento deste processo".
Os dois ministros decidiram concertar-se mais durante uma reunião prevista em finais de setembro em Nova Iorque, por ocasião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
-0- PANA BB/JSG/MAR/TON 17set2012