Agência Panafricana de Notícias

Estados Unidos e Grã-Bretanha pouco claros na luta contra terrorismo na Líbia, diz diplomata

Tripoli, Líbia (PANA) – O representante da Líbia junto das Nações Unidas, Ibrahim Debbachi, deplorou a falta de entusiasmo por parte dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha para apoiar militarmente o Exército líbio em guerra contra o terrorismo.

Numa declaração à imprensa, retransmitida terça-feira última pela imprensa líbia, Debbachi sublinhou que a América e a Grã-Bretanha manifestam pouco entusiasmo para apoiar o Exército líbio na luta contra o terrorismo na Líbia.

Afirmou que estes dois países devem rever as suas posições e anunciar o seu apoio ao povo líbio.

A seu ver, estes dois países podem perder a sua credibilidade junto do povo líbio, nomeadamente na sua pretensão de combater o terrorismo.

Explicou que o comunicado do Parlamento líbio relativo « à operação Karama » (contra islamitas) veio em resposta à posição de alguns países ocidentais, que estão a duvidar da dependência do general aposentado Khalifa Aftar (tomou a iniciativa Karama) em relação ao Estado líbio.

Segundo ele, do comunicado consta a mensagem seguinte: « se vocês estão sérios na luta contra o terrorismo, a Líbia já está a fazê-lo ».

Acrescentou que não compete a qualquer país estrangeiro que seja impor à Líbia quem ela deve dirigir o seu Exército na sua guerra contra o terrorismo.

O Parlamento líbio, eleito a 25 de junho último, apelou à comunidade internacional para adotar « uma posição franca e oficial" sobre a guerra contra o terrorismo na Líbia.

Movida pelo seu o Exército sob lema« Karama » e liderada pelo general aposentada Khalifa Haftar, Karama visa expulsar terroristas e grupos extremistas das cidades de Benghazi (Nordeste) e de Tripoli, a capital.

Num comunicado publicado domingo à noite , o Parlamento afirmou que a operação « Karama » é legítima e que está sob a tutela do Estado-Maior e do Governo provisório, tirando a sua legitimidade do povo líbio ».

A operação está a ser efetuada em conformidade com um « mecanismo jurídico interno que não permite, nem aceita nenhuma ingerência estrangeira », lê-se na nota.

-0- PANA BY/JSG/IBA/FK/DD 19nov2014