Estados Unidos declaram apoiar sanções da CEDEAO contra Mali
Washington, Estados Unidos (PANA) - Os Estados Unidos saudaram as medidas enérgicas tomadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para defender a democracia e estabilidade no Mali, soube a PANA de fonte oficial.
no termo da sua cimeira extraordinária realizada no último fim de semana em Accra (Gana).
"Nós partilhamos a profunda deceção da CEDEAO face à falta de ações ou de progressos por parte do Governo de Transição do Mali no tocante à organização das eleições, como ele se comprometeu a fazê-lo após o golpe de Estado de agosto de 2020”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price.
Os Estados Unidos declararam apoiar a decisão da CEDEAO de impor sanções económicas e financeiras suplementares para incitar o Governo maliano de Transição a respeitar a sua promessa feita ao povo maliano de restabelecer a democracia no Mali.
Os Estados Unidos também partilham a preocupação da CEDEAO relativamente ao "provável impacto desestabilizador” do grupo Wagner (mercenários russos) no Mali, afirmando que “estas forças não restabelecerão a paz no Mali mas desviarão recursos do combate ao terrorismo levado a cabo pelas forças armadas malianas”, deu a conhecer.
Do leque das novas sanções constam a retirada dos embaixadores do Mali, o fecho das fronteiras terrestres e aéreas, a suspensão de todas as transações comerciais e financeiras (com algumas isenções) e a suspensão da assistência financeira, entre outras.
Em represália, o Mali pagou com a mesma moeda, chamando de volta ao país os seus embaixadores e fechando as suas fronteiras com os Estados membros da CEDEAO.
Num discurso à nação, segunda-feira à noite, o Presidente maliano da Transição, o coronel Assimi Goita, apelou à unidade e calma, afirmando que o Mali permanece aberto ao diálogo.
-0- PANA MA/BAI/IS/FK/DD 12jan2022