Agência Panafricana de Notícias

Estados Unidos acusam países ocidentais de fornecer armas a rebeldes na Líbia

Túnis, TUnísia (PANA) - A circulação das armas na Líbia depois da destituição do regime do coronel Muamar Kadafi alimentou as organizações rebeldes e os atos de violência, agravando a situação local e regional, indicou um relatório dos Serviços Secretos dos Estados Unidos.

Segundo o relatório de 16 páginas, citado pelo jornal americano "The Washington Times", países ocidentais e outros da região forneceram aos opositores de Kadafi em 2011, incluindo os que estavam em contacto com a organização Al Qaeda, diferentes tipos de armas.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) afirmou ter importado armas, dos quais foguetes solo-ar, veículos de guerra, transportados via aérea no aeroporto internacional de Benina, em Benghazi, e para outros aeroportos na Tunísia antes do seu encaminhamento via terrestre para a Líbia.

O relatório revelou igualmente a chegada, via aérea e marítima, de camiões carregados de armas e destinados aos opositores de Kadafi que estavam em relação com organizações rebeldes.

Os Serviços de Informações líbios advertiram, na época, contra este facto.

Documentos e discussões gravadas de emissários americanos levantaram receios dos responsáveis líbios em relação à circulação das armas postas à disposição da oposição líbia, transformando algumas cidades, nomeadamente Benghazi num refúgio de extremistas.

O relatório acusou igualmente o Qatar de financiar a oposição.

Depois da destituição do regime de Kadafi, a Líbia transformou-se em bastião dos Irmãos Muçulmanos e refúgio dos grupos obscurantistas que encontraram apoio de países como o Qatar e a Turquia, permitindo às milícias armadas controlar várias partes do país.

-0- PANA AD/IN/IS/MAR/TON 05fevereiro2015