Estado de calamidade pública decretado na região são-tomense do Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe -(PANA) – O Governo são-tomense acaba de decretar o estado de calamidade pública para os próximos 15 dias na Região do Príncipe, devido aos estragos causados por chuvas intensas que se abateram sobre a região segunda-feira última, sem ter feito nenhuma vítima mortal.
O Governo São-Tomense, sob proposta do Governo regional, decretou terça-feira o estado de calamidade pública na região, face à catástrofe natural que deixou um rasto de destruição na ilha do Príncipe, com maior registo na cidade de Santo António e nos arredores.
O ministro da Presidência e do Conselho de Ministros, Wando Castro, disse que ”as finanças foram orientadas para desbloquearem uma verba de emergência para fazer face às primeiras intervenções e acudir às famílias afetadas por estas intempéries.
“Vamos disponibilizar do tesouro público 500 a um 1.000.000 dobras (moeda nacional)”, assegurou o governante.
Por sua vez, o presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, numa comunicação proferida a partir do seu gabinete, informou que “as vias de acesso à comunidade da Bela Vista, Abade, Aeroporto, Picão e Telele, estão cortadas por causa da erosão das rochas.
Na sequência da tempestade tropical, a única bomba de combustíveis da ilha ficou inoperante, por causa da subida do nível do mar que confluiu com as águas das chuvas e alagou toda a cidade de Santo António.
Num balanço provisório, Nascimento referiu por outro lado que muitas famílias perderam seus pertences, nomeadamente “móveis e eletrodomésticos em consequência do temporal”.
Na região com cerca de 7.000.000 habitantes, foi ativado o Comité de Crise, composto pelo conselho de prevenção de catástrofe natural, por forças militares e paramilitares, pelos serviços de bombeiros e da proteção civil.
Quarta-feira última, Filipe Nascimento revisitou os locais mais afetados, com vista a ter um maior conhecimento dos estragos a fim de coordenar a ajuda aos sinistrados e preparar a reconstrução das infraestruturas destruídas.
No entanto, o primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, prometeu, em conferência de imprensa, aos órgãos da comunicação social, deslocar-se à ilha do Príncipe, para prestar solidariedade ao Governo Regional e à população local, e avaliar as necessidades.
-0- PANA RMG/DD 26maio2022