Estabilidade da Líbia depende da de África, diz União Africana
Tripolí, Líbia (PANA) - A estabilidade da Líbia depende da de todo o continente africano, declarou o Presidente em exercício da União Africana (UA) e presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Cheikh Ghazouani.
Falando no termo da estadia da Missão de Alto Nível da UA em Tripoli, sexta-feira última, Ghazouani garantiu que a organização continental está determinada a continuar a apoiar a Líbia na via da reconciliação nacional e do desenvolvimento sustentável, segundo um comunicado publicado nessa sexta-feira à noite.
A União Africana (UA) saudou o compromisso do Conselho Presidencial e do Governo líbio de Unidade Nacional de a apoiar e facilitar a sua Missão de Alto Nível de Acompanhamento com vista à reconciliação nacional na Líbia, lê-se no texto.
A Missão da UA manifestou esta satisfação no final da sua estadia de dois dias em Tripoli, iniciada quinta-feira última, num comunicado +ublicado sexta-feira última à noite.
Durante esta visita, a comitiva e responsáveis líbios tiveram discussões num ambiente marcado pela responsabilidade e fraternidade sincera.
Segundo o mesmo documento, as mesmas debruçaram-se sobre a reconciliação nacional e a necessidade de a fazer avançar através de reunião consultiva global, conducente à aprovação de uma carta de reconciliação nacional.
A Missão expressou a sua “profunda gratidão” pelo acolhimento caloroso, pela hospitalidade e reações positivas recebidas durante a sua estadia na capital líbia, Tripoli.
Anunciou para breve consultas similares com autoridades de Benghazi (leste) e com outras partes líbias, no quadro de uma segunda fase complementar da sua missão.
Dela fizeram parte o presidente da Comissão da UA (CUA), Moussa Faki Mahamat, e o ministro congolês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Claude Gakosso, sendo este último o representante do Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, que chefia o Comité de Alto Nível da UA sobre a Líbia.
Moussa Faki disse que a UA continuará a dar aquili que for necessário para apoiar a Líbia nos seus esforços para instaurar a segurança e a estabilidade.
Acrescentou que a cooperação africana com a Líbia não se limita apenas ao domínio político mas que se estende ao desenvolvimento em vários setores, particularmente a reconciliação nacional no país que “constitui o fundamento da construção de um futuro duradouro.”
Por sua vez, Jean-Claude Gakosso, expressou o apoio da Congo aos esforços líbios, frisando que a UA será um parceiro estratégico para a Líbia, que vive uma nítida estabilidade.
A seu ver, a Líbia é um país pivó que desempenhou um papel importante ajudando países do continente.
Do seu lado, o primeiro-minitro líbio, Abdulhamid Alabaiba, declarou, durante um encontro com a delegação da UA, que esta visita representa uma mensagem forte de apoio à Líbia, neste momento crucial, numa altura em que a cena política líbia entra numa nova fase, após ter começado a tomar medidas cruciais para resolver os obstáculos que limitam a cena política há anos.
"Estamos determinados, para a próxima etapa, a avançar a fim de conseguirmos tomar medidades cruciais, a eliminar os obstáculos que deturparam o caminho da estabilidadeRnous sommes déterminés au cours de la prochaine étape à avancer pour parvenir à des décisions cruciales, à éliminer les obstacles qui ont faussé le chemin de la stabilité. Insistimos na sua realização", indicou.
Grantiu que esta medidades não serão as últimas e que o Governo se manterá com força nesta via, sobretudo se estas disserem respeito às nossas questões de segurança nacional.
Na sua ótica, esta mobilização “está a favor da nossa visão clara do futuro da Líbia, que deve realizar-se com a conclusão de todas as etapas de transição, rumo diretamente a eleições graças a uma base jurídica sólida e equitativa".
-0- PANA BY/JSG/SOC/DD 12out2024