PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Especialista indica sinais de fim de erupção vulcânica em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - Um especialista em vulcanologia disse que a observação à superfície indica que a erupção vulcânica, iniciada a 23 de novembro na ilha cabo-verdiana do Fogo, está na sua fase final.
João Fonseca, professor do Instituto Superior Técnico de Lisboa (Portugal), que se encontra no Fogo para manter o funcionamento dos equipamentos instalados pelo consórcio C4G, advertiu, entretanto, que a fase final de uma erupção “é complexa” em termos de sinais e é que preciso entender bem o funcionamento do vulcão para não ser induzido em erros.
Citado pela imprensa, João da Fonseca explicou ainda que no interior do vulcão há muitos processos em curso, mas que os dados recolhidos sobre o seu comportamento fazem crer que se está e facto numa fase final da erupção.
O cientista português, de origem cabo-verdiana, e que acompanhou a penúltima erupção vulcânica ocorrida na ilha do Fogo, em 1995, disse que os dados sobre o comportamento do vulcão podem ser obtidos através da monitorização feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), sublinhando que este trabalho está sendo feito com alta competência por parte dos técnicos cabo-verdianos, através de rede de equipamentos
instalados.
João Fonseca recordou que esta erupção foi também acompanhada com base nas imagens e dados recolhidos por satélites e que são interpretadas e tratadas num centro especializado na Itália e depois facultados às autoridades cabo-verdianas para tomada de decisões e acompanhamento.
Ele precisou que esses dados têm permitido, mais do que visualizar diariamente a progressão de lavas, fazer um conjunto de estimativos e cálculos, nomeadamente a taxa efusiva de saída de material da boca vulcânica e isso mostra claramente, segundo especificou, “uma tendência para uma acalmia”.
O vulcanólogo garantiu que os equipamentos instalados durante a erupção reforçam a rede sismográfica para permitir que se faça estudos da estrutura interna do vulcão, com técnicas que são designadas de tomografia, porque são semelhantes àquilo que em Medicina se faz para visualizar os órgãos internos.
Segundo ele, os dados acumulados na sequência da erupção de 1995 já permitiram que o trabalho feito antes desta erupção fosse “exemplar” e um grande sucesso do ponto de vista científico, facto reconhecido por autoridades científicas internacionais, sublinhado que “o trabalho feito em Cabo Verde no domínio de erupção foi acima do estado da arte e que é do melhor que se faz a nível internacional”.
Tal como em 1995, os dados recolhidos com esta erupção permitirão um grande progresso no conhecimento do vulcão e uma melhor preparação para o futuro, referiu o especialista.
Numa primeira avaliação ainda provisória, o Governo cabo-verdiano calcula que os estragos já provocados pela erupção do vulcão atinjam um valor superior a 50 milhões de euros.
As lavas destruíram por completo casas, escolas, jardins, igrejas, adegas de vinho, infraestruturas desportivas, estradas, hotéis e pensões, estruturas económicas e áreas agrícolas.
As povoações de Portela e Bangaeira, em Chã das Caldeiras, ficaram totalmente destruídas e cerca de 1.800 pessoas foram desalojadas.
-0- PANA CS/TON 28dezembro2014
João Fonseca, professor do Instituto Superior Técnico de Lisboa (Portugal), que se encontra no Fogo para manter o funcionamento dos equipamentos instalados pelo consórcio C4G, advertiu, entretanto, que a fase final de uma erupção “é complexa” em termos de sinais e é que preciso entender bem o funcionamento do vulcão para não ser induzido em erros.
Citado pela imprensa, João da Fonseca explicou ainda que no interior do vulcão há muitos processos em curso, mas que os dados recolhidos sobre o seu comportamento fazem crer que se está e facto numa fase final da erupção.
O cientista português, de origem cabo-verdiana, e que acompanhou a penúltima erupção vulcânica ocorrida na ilha do Fogo, em 1995, disse que os dados sobre o comportamento do vulcão podem ser obtidos através da monitorização feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), sublinhando que este trabalho está sendo feito com alta competência por parte dos técnicos cabo-verdianos, através de rede de equipamentos
instalados.
João Fonseca recordou que esta erupção foi também acompanhada com base nas imagens e dados recolhidos por satélites e que são interpretadas e tratadas num centro especializado na Itália e depois facultados às autoridades cabo-verdianas para tomada de decisões e acompanhamento.
Ele precisou que esses dados têm permitido, mais do que visualizar diariamente a progressão de lavas, fazer um conjunto de estimativos e cálculos, nomeadamente a taxa efusiva de saída de material da boca vulcânica e isso mostra claramente, segundo especificou, “uma tendência para uma acalmia”.
O vulcanólogo garantiu que os equipamentos instalados durante a erupção reforçam a rede sismográfica para permitir que se faça estudos da estrutura interna do vulcão, com técnicas que são designadas de tomografia, porque são semelhantes àquilo que em Medicina se faz para visualizar os órgãos internos.
Segundo ele, os dados acumulados na sequência da erupção de 1995 já permitiram que o trabalho feito antes desta erupção fosse “exemplar” e um grande sucesso do ponto de vista científico, facto reconhecido por autoridades científicas internacionais, sublinhado que “o trabalho feito em Cabo Verde no domínio de erupção foi acima do estado da arte e que é do melhor que se faz a nível internacional”.
Tal como em 1995, os dados recolhidos com esta erupção permitirão um grande progresso no conhecimento do vulcão e uma melhor preparação para o futuro, referiu o especialista.
Numa primeira avaliação ainda provisória, o Governo cabo-verdiano calcula que os estragos já provocados pela erupção do vulcão atinjam um valor superior a 50 milhões de euros.
As lavas destruíram por completo casas, escolas, jardins, igrejas, adegas de vinho, infraestruturas desportivas, estradas, hotéis e pensões, estruturas económicas e áreas agrícolas.
As povoações de Portela e Bangaeira, em Chã das Caldeiras, ficaram totalmente destruídas e cerca de 1.800 pessoas foram desalojadas.
-0- PANA CS/TON 28dezembro2014