Agência Panafricana de Notícias

Espanha doa 342 toneladas de alimentos para escolas em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Governo espanhol entrega esta sexta- feira a Cabo Verde, através do Programa Alimentar Mundial (PAM), 209 toneladas de arroz, 20 toneladas de óleo e 26 toneladas de açúcar, destinadas às cantinas escolares do arquipélago, apurou a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.
Este donativo é fruto de uma parceria desencadeada pelo PAM junto do Governo espanhol, que prontamente respondeu à proposta apresentada para o seu financiamento que ronda os 300 mil euros.
De acordo com uma fonte do PAM em Cabo Verde, o donativo espelha o interesse do reino da Espanha por apoiar as iniciativas e projectos em curso levadas a cabo pelo Governo de Cabo Verde e por essa agência especializada das Nações Unidas, em parceria com outras instituições nacionais e internacionais.
O objectivo é garantir a continuidade e a sustentabilidade do programa de cantinas escolares “cujo impacto na vida das crianças tem-se revelado incontornável após mais de 30 anos desde o início da sua implementação”.
No ano passado, a Espanha já tinha disponibilizado um total de 502 toneladas de alimentos, beneficiando cerca de 91 mil crianças que frequentam o ensino pré-escolar e básico.
As cantinas escolares têm sido apoiadas pelo PAM, que está gradualmente a retirar esse apoio devido à passagem de Cabo Verde, no início do ano passado, a país de rendimento médio.
A assistência do PAM em Cabo Verde começou em 1975 através de vários projectos de acção rápida e operações de emergência, na participação no combate à seca e actividades no sector do desenvolvimento rural.
O PAM desenvolveu ainda programas a favor dos grupos vulneráveis, nomeadamente, crianças dos jardins infantis das zonas rurais, órfãos e adolescentes inscritos nos estabelecimentos de formação, idosos, doentes crónicos e crianças malnutridas.
Este projecto começou em 1977, terminou em 1997 e chegou a contemplar cerca de 45 mil pessoas.
Um outro sector apoiado durante três anos pelo PAM foi o de desenvolvimento cooperativo.
A assistência do PAM ao sector da educação através de projectos com maior duração, começou em Cabo Verde, em 1979, sob forma de um projecto piloto de cantinas escolares iniciado na ilha de S.
Nicolau com uma duração de dois anos.
Essa assistência foi gradualmente alargada à escala nacional em 1984, perdurando até hoje.
No entanto, devido aos ganhos sociais e económicos registados pelo país durante o período pós independência, Cabo Verde cumpriu com dois dos requisitos condicionadores da presença do PAM no país como um Produto Nacional Bruto (PNB) médio superior ou igual a 900 euros, no período de três anos, e uma taxa de crescimento irreversível em crianças de menos de cinco igual ou superior a 25 por cento.
Face a estas evoluções, o PAM, em concertação com o Governo, iniciou um processo de retirada gradual, tendo sido estabelecido um roteiro estratégico de transição que irá permitir ao arquipélago um reforço de capacidades e uma transição suave.