Escolas encerradas em Cabo Verde após casos confirmados de covid-19
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Ministério da Educação de Cabo Verde revelou, sexta-feira, que pelo menos três escolas já suspenderam as suas atividades, por 10 dias, nas primeiras duas semanas do inicio das aulas, após terem confirmado novos casos de covid-19, apurou a PANA.
O caso mais recente aconteceu na ilha da Boa Vista, onde o Centro Educativo Nossa Senhora de Boa Esperança, suspendeu temporariamente suas atividades letivas, "por razões sanitárias", após um dos professores ter testado positivo à covid-19.
"Esta decisão foi tomada em conformidade com as orientações das autoridades de saúde e com o objetivo principal de preservar a saúde de todos os que frequentam este estabelecimento. A suspensão temporária será avaliada continuamente e qualquer alteração será informada à comunidade educativa", lê-se na nota de imprensa do Ministério da Educação.
Esta é a segunda escola a ser encerrada na ilha da Boa Vista, após o Ministério da Educação de Cabo Verde ter anunciado a suspensão por 10 dias das atividades letivas na Escola Secundária da ilha, após a descoberta dum caso positivo de covid-19.
Trata-se também do terceiro estabelecimento de ensino no país a fechar portas, depois também na Escola Técnica do Porto Novo, ilha de Santo Antão, de terem sido detetados seis casos positivos da mesma doença.
Em São Vicente, a Escola Secundária Jorge Barbosa fechou as suas portas, mas apenas durante o período da manhã de quinta-feira, depois de dois alunos de classes e zonas diferentes terem testado positivos ao vírus.
Também na ilha do Fogo, há noticias de que alunos e docentes já apresentaram testes positivos da covid-19, mas, até agora, nenhum estabelecimento de ensino foi encerrado.
As aulas arrancaram em todo o país a 01 de outubro corrente, mas, na cidade da Praia, a capital do pais e o epicentro da transmissão comunitária do vírus, o reinicio das aulas presenciais foi adiado para depois de 31 de outubro corrente.
Quarta-feira, durante uma intervenção no parlamento, a ministra da Educação, Maritza Rosabal, afirmou que estão a ser estudadas alternativas ao arranque do ano letivo na cidade capital do país.
A ministra acrescentou que, para se iniciar o ano letivo nas 428 escolas do país, foram investidos, até ao momento, mais de 20,1 milhões de escudos (182 mil euros) na aquisição de máscaras, de álcool gel, de máquinas automáticas de lavagem de mãos e termómetros, sem contabilizar os custos das doações de material de proteção individual.
"Para assegurar o cumprimento das normas de biossegurança foi necessário, em primeiro lugar, garantir as condições de funcionamento exigidas, tanto em termos de instalações, como em termos de materiais e de produtos sanitários", informou a governante.
-0- PANA CS/DD 17out2020