PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Escândalo de tráfico de migrantes na Líbia ameaça ensombrar cimeira UE/UA
Bruxelas, Bélgica (PANA) - A Cimeira União Europeia - União Africana (UE/UA) prevista para 29 e 30 de novembro corrente, em Abidjan, na Côte d'Ivoire, poderá ficar perturbada pelo escândalo do tráfico de seres humanos, depois das imagens divulgadas pela cadeia televisiva americana CNN, mostrando a venda em leilão de jovens migrantes africanos como escravos, num centro fechado perto de Tripoli, a capital líbia.
Indignada, como quase todos os líderes mundiais, a alta representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum (PESC), Federica Mogherini, interveio vigorosamente quarta-feira durante a conferência de imprensa final da Conferência de Alto Nível "Para uma Parceria Estratégica Renovada com África", para advertir que a cimeira de Abidjan não versará sobre os migrantes, mas sobre uma nova parceria renovada com África.
Anunciou que uma missão de deputados europeus estará na Líbia de 16 a 22 de dezembro próximo para visitar o célebre mercado de escravos filmado pela CNN.
Ela indicou que a UE e a Organização Mundial das Migrações (OIM), bem como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) levam a cabo, há um ano, ações na Líbia para identificar os migrantes africanos candidatos a um regresso voluntário aos países de origem.
Assim, mais de 10 mil migrantes foram identificados para o regresso aos países de origem com uma soma de dinheiro que lhes permitirá iniciar uma atividade lucrativa, uma vez chegados ao país.
Para o Presidente centroafricano, Faustin Archange Toudera, que também participou na conferência, é preciso primeiro estabilizar a República Centroafricana (RCA) que desarmou os múltiplos grupos armados que operam no país.
Por outro lado, explicou, a RCA necessita agora de armamentos para as novas Forças Armadas nacionais em formação por instrutores militares europeus.
A República Centroafricana está atualmente sob embargo de armas, decretado pela ONU.
Por seu turno, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, congratulou-se pelo programa de investimento de três biliões e 400 milhões de euros aprovado pelos Estados- membros, considerando que é um passo importante mas longe de ser suficiente.
Segundo ele, é preciso igualmente um verdadeiro Plano Marshall para apoiar África nos seus esforços "para instaurar uma base industrial sustentável com uma agricultura eficaz, fontes de energia renováveis, estruturas adequadas de água, energia, mobilidade, logística ou digital".
Acrescentou que se trata igualmente de reforçar a governação e o Estado de Direito bem como a luta contra a corrupção.
-0- PANA AK/JSG/MAR/IZ 23nov2017
Indignada, como quase todos os líderes mundiais, a alta representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum (PESC), Federica Mogherini, interveio vigorosamente quarta-feira durante a conferência de imprensa final da Conferência de Alto Nível "Para uma Parceria Estratégica Renovada com África", para advertir que a cimeira de Abidjan não versará sobre os migrantes, mas sobre uma nova parceria renovada com África.
Anunciou que uma missão de deputados europeus estará na Líbia de 16 a 22 de dezembro próximo para visitar o célebre mercado de escravos filmado pela CNN.
Ela indicou que a UE e a Organização Mundial das Migrações (OIM), bem como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) levam a cabo, há um ano, ações na Líbia para identificar os migrantes africanos candidatos a um regresso voluntário aos países de origem.
Assim, mais de 10 mil migrantes foram identificados para o regresso aos países de origem com uma soma de dinheiro que lhes permitirá iniciar uma atividade lucrativa, uma vez chegados ao país.
Para o Presidente centroafricano, Faustin Archange Toudera, que também participou na conferência, é preciso primeiro estabilizar a República Centroafricana (RCA) que desarmou os múltiplos grupos armados que operam no país.
Por outro lado, explicou, a RCA necessita agora de armamentos para as novas Forças Armadas nacionais em formação por instrutores militares europeus.
A República Centroafricana está atualmente sob embargo de armas, decretado pela ONU.
Por seu turno, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, congratulou-se pelo programa de investimento de três biliões e 400 milhões de euros aprovado pelos Estados- membros, considerando que é um passo importante mas longe de ser suficiente.
Segundo ele, é preciso igualmente um verdadeiro Plano Marshall para apoiar África nos seus esforços "para instaurar uma base industrial sustentável com uma agricultura eficaz, fontes de energia renováveis, estruturas adequadas de água, energia, mobilidade, logística ou digital".
Acrescentou que se trata igualmente de reforçar a governação e o Estado de Direito bem como a luta contra a corrupção.
-0- PANA AK/JSG/MAR/IZ 23nov2017