PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Erupção vulcânica na ilha cabo-verdiana do Fogo chegou ao fim
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Observatório Vulcanológico da Universidade de Cabo Verde (OV/Uni-CV) anunciou, quinta-feira, que a erupção vulcânica na ilha cabo-verdiana do Fogo, iniciada a 23 de novembro passado, terminou a 08 deste mês, quando se registaram as últimas emissões de gases e de lava.
O Observatório assegurou, através de um comunicado, que a equipa técnica apoiada também pelo Instituto de Vulcanologia das Canárias (Espanha), e que acompanhou a evolução da erupção ao longo de 77 dias, “há quatro dias que não regista qualquer emissão de gases ou de matéria vulcânica”.
"Não se detetou emissão de dióxido de enxofre (SO2) em quantidades mensuráveis, usando sensores remotos óticos do tipo MINIDOAS na posição móvel terrestre desde o último dia 8 de fevereiro de 2015”, precisa o OV/Uni-CV.
Acrescentando que também “não se detetou emissão de material vulcânico (cinzas) do último evento paroxístico (explosivo) registado a 7 de fevereiro de 2015”.
Igualmente, não se detetou atividade na fissura do novo cone vulcânico durante uma observação visual efetuada a 11 de fevereiro de 2015, indica a nota.
O documento recorda que as duas entidades desenvolveram, ao longo do processo eruptivo, um "intenso" programa de monitorização geoquímico diário relacionado com as emissões de dióxido de carbono.
No processo, acrescenta-se, foram também utilizados programas de monitorização geodésico de deformação do solo, geofísica (termografia/termometria) e visual diário, todos associados ao processo eruptivo.
O Observatório indicou que, ao longo dos 77 dias da erupção, manteve também a continuidade do programa de acompanhamento mensal geoquímico sobre as emissões difusas de gases e fluxo de calor na principal cratera do vulcão do Pico do Fogo.
A equipa do Observatório da Uni-CV realça ainda que todas essas atividades têm contribuído para o fortalecimento da vigilância do processo eruptivo recente no Fogo, fornecendo informações relevantes para o Serviço Nacional de Proteção Social (SNPCB) do arquipélago.
Durante o período da erupção vulcânica, a equipa registou a emissão de gases que chegavam a 11 mil toneladas por dia, formando uma coluna eruptiva que atingia milhares de metros.
A erupção vulcânica, uma das três registadas no interior da caldeira nos últimos 63 anos (1951 e 1995), destruiu Portela e Bangaeira, os dois povoados de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos do Fogo, obrigando à evacuação dos cerca de mil e 500 habitantes locais.
As lavas, que corriam em várias frentes e a uma velocidade considerável, destruiram também um pequeno casal no ilhéu de Losna, uma extensa área de cultivo e infraestruturas económicas, sociais e turísticas locais, prejuízos estimados em cerca de 45 milhões de euros.
O Governo de Cabo Verde criou, na semana passada, um Gabinete de Reconstrução do Fogo e extinguiu o Gabinete de Crise criado na sequência da erupção vulcânica.
A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, na qual foi ainda aprovado o projeto de resolução que cria o fundo de apoio e reconstrução da ilha do Fogo.
O Gabinete de Reconstrução do Fogo vai ser uma estrutura dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial e funcionará na dependência do primeiro-ministro.
O fundo de apoio e reconstrução do Fogo é uma conta especial aberta, gerida pelo Ministério das Finanças, através da Direção Geral do Tesouro, e tem como atribuições recolher todas as receitas destinadas ao apoio e reconstrução dos estragos causados pela erupção vulcânica.
Este fundo irá pagar as despesas de reconstrução e manter o Governo e o Gabinete de Reconstrução do Fogo informados sobre o montante e a discriminação das receitas arrecadadas diariamente, bem como sobre o balancete quinzenal.
-0- PANA CS/IZ 13fev2015
O Observatório assegurou, através de um comunicado, que a equipa técnica apoiada também pelo Instituto de Vulcanologia das Canárias (Espanha), e que acompanhou a evolução da erupção ao longo de 77 dias, “há quatro dias que não regista qualquer emissão de gases ou de matéria vulcânica”.
"Não se detetou emissão de dióxido de enxofre (SO2) em quantidades mensuráveis, usando sensores remotos óticos do tipo MINIDOAS na posição móvel terrestre desde o último dia 8 de fevereiro de 2015”, precisa o OV/Uni-CV.
Acrescentando que também “não se detetou emissão de material vulcânico (cinzas) do último evento paroxístico (explosivo) registado a 7 de fevereiro de 2015”.
Igualmente, não se detetou atividade na fissura do novo cone vulcânico durante uma observação visual efetuada a 11 de fevereiro de 2015, indica a nota.
O documento recorda que as duas entidades desenvolveram, ao longo do processo eruptivo, um "intenso" programa de monitorização geoquímico diário relacionado com as emissões de dióxido de carbono.
No processo, acrescenta-se, foram também utilizados programas de monitorização geodésico de deformação do solo, geofísica (termografia/termometria) e visual diário, todos associados ao processo eruptivo.
O Observatório indicou que, ao longo dos 77 dias da erupção, manteve também a continuidade do programa de acompanhamento mensal geoquímico sobre as emissões difusas de gases e fluxo de calor na principal cratera do vulcão do Pico do Fogo.
A equipa do Observatório da Uni-CV realça ainda que todas essas atividades têm contribuído para o fortalecimento da vigilância do processo eruptivo recente no Fogo, fornecendo informações relevantes para o Serviço Nacional de Proteção Social (SNPCB) do arquipélago.
Durante o período da erupção vulcânica, a equipa registou a emissão de gases que chegavam a 11 mil toneladas por dia, formando uma coluna eruptiva que atingia milhares de metros.
A erupção vulcânica, uma das três registadas no interior da caldeira nos últimos 63 anos (1951 e 1995), destruiu Portela e Bangaeira, os dois povoados de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos do Fogo, obrigando à evacuação dos cerca de mil e 500 habitantes locais.
As lavas, que corriam em várias frentes e a uma velocidade considerável, destruiram também um pequeno casal no ilhéu de Losna, uma extensa área de cultivo e infraestruturas económicas, sociais e turísticas locais, prejuízos estimados em cerca de 45 milhões de euros.
O Governo de Cabo Verde criou, na semana passada, um Gabinete de Reconstrução do Fogo e extinguiu o Gabinete de Crise criado na sequência da erupção vulcânica.
A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, na qual foi ainda aprovado o projeto de resolução que cria o fundo de apoio e reconstrução da ilha do Fogo.
O Gabinete de Reconstrução do Fogo vai ser uma estrutura dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial e funcionará na dependência do primeiro-ministro.
O fundo de apoio e reconstrução do Fogo é uma conta especial aberta, gerida pelo Ministério das Finanças, através da Direção Geral do Tesouro, e tem como atribuições recolher todas as receitas destinadas ao apoio e reconstrução dos estragos causados pela erupção vulcânica.
Este fundo irá pagar as despesas de reconstrução e manter o Governo e o Gabinete de Reconstrução do Fogo informados sobre o montante e a discriminação das receitas arrecadadas diariamente, bem como sobre o balancete quinzenal.
-0- PANA CS/IZ 13fev2015