Agência Panafricana de Notícias

Eritreia nega expulsão de diplomata do Quénia

Nairobi- Quénia (PANA) -- O embaixador eritreu no Quénia, Salih Omar Abdu, negou sábado informações segundo as quais um diplomata teria sido expulso do Quénia por razões de segurança depois de a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ter advertido a Eritreia para cessar o apoio aos ataques na Somália.
"Nenhum diplomata do meu país foi expulso.
Nenhum deles foi implicado numa má conduta", declarou o embaixador eritreu durante uma conferência de imprensa sábado em Nairobi.
O jornal queniano "Nation" informou, sábado, que o Quénia expulsou dois diplomatas eritreus nos últimos dois meses por actividades que ameaçam a segurança do Quénia.
A Eritreia esteve no centro duma divergência diplomática com os Estados Unidos, com o órgão de mediação para a paz, a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), e com a União Africana(UA), que propuseram sanções internacionais contra ela.
A Eritreia retirou-se da IGAD depois de a organização ter exprimido o seu apoio à intervenção militar etíope na Somália.
Os Estados Unidos acusam a Eritreia de apoiar os combatentes estrangeiros para entrar na Somália e derrubar o Presidente Cheikh Charif Ahmed.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em digressão por África, declarou quinta-feira que Washington pretende criar uma zona sem conflitos na Somália e envidará esforços para aliviar a crise humanitária neste país.
"Estamos a buscar as vias e os meios de atenuar os conflitos", disse Hillary Clinton no que diz respeito aos conflitos na República Democrática do Congo e na Somália.
Declarou que mesmo se a Administração norte-americana tinha dúvidas sobre se o Presidente somalí foi democraticamente eleito, ele continua a ser o líder legítimo desta nação do Corno de África.
"A crise prevalecente ali é uma tragédia.
Os Somalís que estão em Nairobi querem regressar à sua pátria", declarou a secretária de Estado norte-americana.