Agência Panafricana de Notícias

Enviados especiais da IGAD consultam partes rivais do Sudão do Sul

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Os enviados especiais da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), que tentam encontrar uma solução para a crise no Sudão do Sul, prosseguiram quinta-feira consultas com os membros das partes rivais sul-sudanesas e outros atores, anunciou o Ministério etíope dos Negócios Estrangeiros.

Num comunicado divulgado em Addis Abeba, o Ministério indica que os enviados especiais "receberam um relatório preliminar da equipa da Comissão Técnica Mista da IGAD que efetuou uma avaliação do pré-desdobramento para o Mecanismo de Fiscalização e Verificação do acordo de cessação das hostilidades".

Alguns membros da equipa efetuam ainda uma avaliação no terreno, nomeadamente nas zonas sob o controlo do Movimento de Libertação do Povo do Sudão (SPLM, partido no poder).

Por outro lado, os dirigentes políticos dissidentes do SPLM, que deviam inicialmente assistir ao lançamento oficial da segunda ronda de negociações de paz, estão desde quarta-feira em Nairobi (Quénia) para negociações a decorrerem na cidade de Bishoftu, antigamente conhecida sob o nome de Debre Zeit, a 45 quilómetros ao sul da capital etíope, Addis Abeba.

A segunda série das negociações de paz entre as partes beligerantes do Sudão do Sul iniciou-se oficialmente terça-feira na capital etíope, dando ênfase ao diálogo político e ao processo de reconciliação nacional.

O presidente dos enviados especiais da IGAD, o Etíope Seyoum Mesfin, apelou a todos os atores políticos para se orientarem para soluções que estejam à altura do bem do povo sul-sudanês.

Indicou ser é necessário conseguir-se uma mudança de paradigma e "algumas diretivas gerais muito claras que devem ser implementadas com urgência”.

Referia-se, nomeadamente, ao abandono do espírito de guerra e à transformação das instituições fontes de conflitos étnicos em “instituições que sirvam o desenvolvimento democrático e as aspirações do povo sul-sudanês”.

Seyoum sublinhou que as negociações não deverão ser utilizadas como um instrumento ao serviço de objetivos táticos, mas como um quadro que permita aos principais atores encontrarem uma solução política duradoura.

A IGAD fornece esforços para encorajar uma resolução negociada da crise no Sudão do Sul, indica-se.

-0- PANA AR/SEG/AKA/AAS/IBA/CJB/DD 14fev2014