Agência Panafricana de Notícias

Enviado especial norte-americano no Sudão realiza périplo africano

Cartum, Sudão (PANA) – O emissário especial norte-americano recentemente nomeado para o Sudão, o embaixador Princeton Lyman, deve deslocar-se sábado à Etiópia e ao Sudão, onde as partes sudanesas estão engajadas em negociações sobre diversos pontos pendentes.

O embaixador Lyman, que substitui Scott Gration, vai efetuar este périplo pouco depois de ter sido apresentado à imprensa em Washington DC, pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Rodham-Clinton.

« É um momento crucial na história do Sudão. Há dois meses, numa demonstração pacífica da sua dedicação aos valores democráticos, o povo do Sul do Sudão exprimiu uma escolha clara e inequívoca . O seu dejeso de viver num país livre e independente, e aguardamos agora por uma separação pacífica destes dois Estados em julho », declarou quinta-feira Clinton.

« O Governo do Sudão desempenhou um papel importante ao reunir as condições que permitiram aos eleitores exprimir a sua vontade sem receio, nem intimidação ou coerção. E desde o referendo, o Governo continuou a fazer avançar este processo com o mesmo espírito de cooperação », acrescentou.

Clinton sublinhou, no entanto, que restavam muitas coisas por fazer, incluindo pôr termo ao conflito na província ocidental de Darfur e ao perigoso impasse na localidade de Abyei.

« Nós apelamos às duas partes para tomar medidas imediatas com vista a prevenir futuros ataques e restabelecer a calma. A violência é totalmente inaceitável. O desdobramento de forças pelas duas partes constitui uma violação do Acordo de Paz Global de 2005 e compromete o referendo de janeiro último, que é uma base muito importante para o futuro da paz no Sudão », afirmou a secretária de Estado norte-americana.

O embaixador Lyman reconheceu que Abyei seria uma das questões difíceis a resolver e prometeu trabalhar com a União Africana (UA), os Britânicos, os Noruegueses e vários outros parceiros, para ajudar as partes a chegar a um acordo.

« Estamos também fortemente preocupados com a situação de violência que persiste em Darfur, onde cerca de dois milhões de pessoas deslocadas continuam a viver em campos », sublinhou.

-0- PANA SEG/FJG/JSG/FK/IZ 1abril2011