PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Entrada de Angola na Francofonia projetada para 2020
Luanda, Angola (PANA) – Angola vai ser admitida na Organização Internacional da Francofonia (OIF), em 2020, durante a 19ª cimeira de chefes de Estado e de Governo deste bloco comunitário a realizar-se na capital tunisina, Túnis, anunciou o embaixador de França em Luanda, Sylvain Itté.
Em declarações à imprensa sábado, em Luanda, por ocasião da Festa Nacional de França, comemorada anualmente a 14 de Julho, o diplomata explicou que o primeiro passo da candidatura foi dado com a declaração do Presidente angolano, João Lourenço, em maio passado, em Paris.
Com o anúncio feito pelo Presidente João Lourenço sobre a intenção de aderir à OIF, “segue-se todo um processo até à formalização da candidatura”, precisou.
Infelizmente, lamentou, esta decisão das autoridades angolanas, anunciada durante a primeira visita oficial do chefe de Estado angolano a um país europeu, “chega depois da data limite para o depósito das candidaturas para a próxima cimeira da OIF, em Erevão, na Arménia”.
De acordo com o embaixador, a cimeira da OIF de Erevão, que será a 19ª edição deste encontro que se organiza de dois em dois anos, terá lugar em outubro próximo, na capital arménia.
“Vamos trabalhar para a próxima cimeira da OIF, em 2020, que espero será o momento formal da adesão de Angola”, afirmou, acrescentando que, durante estes dois anos que antecedem a formalização da candidatura, as duas partes vão trabalhar na área da cooperação universitária e do reforço de contactos entre a televisão da francofonia e os media angolanos.
Sobre a cooperação universitária, revelou que a Universidade Agostinho Neto (UAN), primeira instituição pública de ensino superior em Angola, já é membro da Agência Universitária da Francofonia (AUF).
Os trabalhos de preparação da candidatura de Angola incluem também contactos com a Associação Internacional dos Municípios Francófonos, que, segundo o diplomata francês, reúne mais de 80 países num projeto virado para a promoção da cooperação municipal.
Para Sylvain Itté, trata-se de contactos muito importantes para Angola, que se encontra num processo de descentralização através das autarquias e eleições autárquicas de 2020.
Confirmando que França decidiu aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), já a partir da próxima cimeira desta organização que se inicia terça-feira, na ilha cabo-verdiana do Sal, o embaixador Itté disse ser “um grande prazer” saber que Angola também vai juntar-se à OIF.
Segundo ele, Angola é o único dos países lusófonos de África que ainda não é membro da Francofonia.
Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são todos membros de pleno direito da OIF, enquanto que Moçambique é membro observador, explicou, ressaltando que, ao mesmo tempo, “Angola é sem dúvida o país mais francófono dos países não francófonos de África”.
“Angola é sem dúvida o país mais francófono de África fora dos francófonos. Havia alguma coisa que não encaixava bem ter um país tão importante como Angola que não pertence à família francófona”, continuou.
Para ilustrar essa francofonia de Angola, o embaixador citou o exemplo do norte do país que “tem uma dupla cultura linguística (…), os seus habitantes muitas vezes falam francês, que faz parte também da sua cultura e da sua história”.
“Por isso, para mim é realmente um grande prazer saber que Angola vai, finalmente, poder participar na Francofonia (…) e trazer a sua história, a sua cultura, a sua particularidade cultural”, concluiu.
-0- PANA IZ 15julho2018
Em declarações à imprensa sábado, em Luanda, por ocasião da Festa Nacional de França, comemorada anualmente a 14 de Julho, o diplomata explicou que o primeiro passo da candidatura foi dado com a declaração do Presidente angolano, João Lourenço, em maio passado, em Paris.
Com o anúncio feito pelo Presidente João Lourenço sobre a intenção de aderir à OIF, “segue-se todo um processo até à formalização da candidatura”, precisou.
Infelizmente, lamentou, esta decisão das autoridades angolanas, anunciada durante a primeira visita oficial do chefe de Estado angolano a um país europeu, “chega depois da data limite para o depósito das candidaturas para a próxima cimeira da OIF, em Erevão, na Arménia”.
De acordo com o embaixador, a cimeira da OIF de Erevão, que será a 19ª edição deste encontro que se organiza de dois em dois anos, terá lugar em outubro próximo, na capital arménia.
“Vamos trabalhar para a próxima cimeira da OIF, em 2020, que espero será o momento formal da adesão de Angola”, afirmou, acrescentando que, durante estes dois anos que antecedem a formalização da candidatura, as duas partes vão trabalhar na área da cooperação universitária e do reforço de contactos entre a televisão da francofonia e os media angolanos.
Sobre a cooperação universitária, revelou que a Universidade Agostinho Neto (UAN), primeira instituição pública de ensino superior em Angola, já é membro da Agência Universitária da Francofonia (AUF).
Os trabalhos de preparação da candidatura de Angola incluem também contactos com a Associação Internacional dos Municípios Francófonos, que, segundo o diplomata francês, reúne mais de 80 países num projeto virado para a promoção da cooperação municipal.
Para Sylvain Itté, trata-se de contactos muito importantes para Angola, que se encontra num processo de descentralização através das autarquias e eleições autárquicas de 2020.
Confirmando que França decidiu aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), já a partir da próxima cimeira desta organização que se inicia terça-feira, na ilha cabo-verdiana do Sal, o embaixador Itté disse ser “um grande prazer” saber que Angola também vai juntar-se à OIF.
Segundo ele, Angola é o único dos países lusófonos de África que ainda não é membro da Francofonia.
Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são todos membros de pleno direito da OIF, enquanto que Moçambique é membro observador, explicou, ressaltando que, ao mesmo tempo, “Angola é sem dúvida o país mais francófono dos países não francófonos de África”.
“Angola é sem dúvida o país mais francófono de África fora dos francófonos. Havia alguma coisa que não encaixava bem ter um país tão importante como Angola que não pertence à família francófona”, continuou.
Para ilustrar essa francofonia de Angola, o embaixador citou o exemplo do norte do país que “tem uma dupla cultura linguística (…), os seus habitantes muitas vezes falam francês, que faz parte também da sua cultura e da sua história”.
“Por isso, para mim é realmente um grande prazer saber que Angola vai, finalmente, poder participar na Francofonia (…) e trazer a sua história, a sua cultura, a sua particularidade cultural”, concluiu.
-0- PANA IZ 15julho2018