PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Energias renováveis perdem terreno para convencionais em Cabo Verde, diz perito
Praia, Cabo Verde (PANA) – As energias renováveis têm perdido terreno a favor das energias convencionais em Cabo Verde, uma vez que, desde 2014, tem havido “algum relaxamento” em novos investimentos no setor, admitiu domingo o administrador-delegado da Cabeólica, Antão Fortes.
Em entrevista à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o primeiro responsável da empresa, que injeta cerca de 20 porcento de energia limpa nas redes públicas do país, justifica que a queda na produção de energias renováveis ficou a dever-se ao facto de se ter feito “mais investimentos na energia convencional”.
O anterior Governo do arquipélaago, que foi afasatdo do poder em março de 2016, tinha estipulado que, até 2020, o país estaria coberto a 100 porcento por energias renováveis, o que pressupõe que, até agora, “muita coisa já devia estar a decorrer para que, efetivamente, este objetivo fosse alcançado”.
Entretanto, considera que existe uma “abertura” da parte do novo Executivo, liderado pelo primeiro-ministro Ulissess Correia e Silva na maximização das energias renováveis em Cabo Verde, “mas deixa de haver uma meta tão restritiva até 2020”.
Instado se sempre acreditou que seria possível cobrir o país a 100 porcento com energias renováveis no horizonte de 2020, ele disse que não.
“Não por razões tecnológicas, mas sim por motivos económico-financeiros. Haveria que se fazer grandes investimentos em pouco tempo para se garantir que, em 2020, houvesse energias renováveis a 100 por cento”, explicou.
Adiantou que se estaria a falar em energia eólica, solar e provavelmente bombagem hídrica e outras formas para se ter a garantia de estabilidade nas redes.
Contudo, reconhece que, em 2014, houve uma “grande iniciativa” da parte do Governo em querer “explorar mais” aquilo que seriam os benefícios das renováveis.
“É preciso criar todas as condições esclarecedoras para o investidor, sobretudo o externo que traz o seu capital (para o país)”, precisou Antão Fortes, acrescentando que “muitos bons passos estão sendo dados neste momento no quadro de um projeto financiado pela União Europeia (UE), para se definir o plano diretor do setor elétrico”.
Ele mostra-se convicto de que este plano diretor irá clarificar “alguns dos parâmetros de como o processo de novos investimentos vai acontecer no domínio das energias renováveis”.
“Para que o privado invista ele precisa de saber claramente com que linha se vai coser, ou seja, como é que fará o seu investimento, qual é o retorno que vai ter e qual o mecanismo que vai ser utilizado para este fim”, indicou o responsável da Cabeólica, empresa mista resultante de uma parceria-público privada entre o Estado de Cabo Verde, a Eletra, a InfraCO, a AFC e a FinnFund.
A Caboeólica tem atualmente uma capacidade instalada de 25,5 mega watts, o que corresponde a um investimento global de cerca de 60 milhões de euros, amortizáveis em 20 anos.
“Quando iniciámos (há quase seis anos), os mais cépticos não acreditaram que era possível penetrações acima dos 20 porcento da energia eólica”, lembrou Antão Fortes, adiantando que nas ilhas do Sal e São Vicente a penetração de energia eólica já chegou a atingir os 55 porcento.
Perguntado se a energia elétrica fica mais barata quando é produzida a partir de fontes renováveis, esclareceu que se trata de uma questão que depende muito das conjunturas, ou seja, dos preços do petróleo no mercado internacional.
“Até 2015, o preço era muito competitivo. A partir desse ano, com a queda substancial que houve, o petróleo voltou novamente a ser mais interessante do que a renovável. Agora, começa a haver o equilíbrio porque a nível internacional o barril de petróleo está a atingir os 60 dólares, precisou Antão Fortes.
Conforme explicou, quando se regista o aumento do preço do petróleo no mercado externo isto torna-se “mais vantajoso” para as energias renováveis.
-0- PANA CS/IZ 17nov2017
Em entrevista à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o primeiro responsável da empresa, que injeta cerca de 20 porcento de energia limpa nas redes públicas do país, justifica que a queda na produção de energias renováveis ficou a dever-se ao facto de se ter feito “mais investimentos na energia convencional”.
O anterior Governo do arquipélaago, que foi afasatdo do poder em março de 2016, tinha estipulado que, até 2020, o país estaria coberto a 100 porcento por energias renováveis, o que pressupõe que, até agora, “muita coisa já devia estar a decorrer para que, efetivamente, este objetivo fosse alcançado”.
Entretanto, considera que existe uma “abertura” da parte do novo Executivo, liderado pelo primeiro-ministro Ulissess Correia e Silva na maximização das energias renováveis em Cabo Verde, “mas deixa de haver uma meta tão restritiva até 2020”.
Instado se sempre acreditou que seria possível cobrir o país a 100 porcento com energias renováveis no horizonte de 2020, ele disse que não.
“Não por razões tecnológicas, mas sim por motivos económico-financeiros. Haveria que se fazer grandes investimentos em pouco tempo para se garantir que, em 2020, houvesse energias renováveis a 100 por cento”, explicou.
Adiantou que se estaria a falar em energia eólica, solar e provavelmente bombagem hídrica e outras formas para se ter a garantia de estabilidade nas redes.
Contudo, reconhece que, em 2014, houve uma “grande iniciativa” da parte do Governo em querer “explorar mais” aquilo que seriam os benefícios das renováveis.
“É preciso criar todas as condições esclarecedoras para o investidor, sobretudo o externo que traz o seu capital (para o país)”, precisou Antão Fortes, acrescentando que “muitos bons passos estão sendo dados neste momento no quadro de um projeto financiado pela União Europeia (UE), para se definir o plano diretor do setor elétrico”.
Ele mostra-se convicto de que este plano diretor irá clarificar “alguns dos parâmetros de como o processo de novos investimentos vai acontecer no domínio das energias renováveis”.
“Para que o privado invista ele precisa de saber claramente com que linha se vai coser, ou seja, como é que fará o seu investimento, qual é o retorno que vai ter e qual o mecanismo que vai ser utilizado para este fim”, indicou o responsável da Cabeólica, empresa mista resultante de uma parceria-público privada entre o Estado de Cabo Verde, a Eletra, a InfraCO, a AFC e a FinnFund.
A Caboeólica tem atualmente uma capacidade instalada de 25,5 mega watts, o que corresponde a um investimento global de cerca de 60 milhões de euros, amortizáveis em 20 anos.
“Quando iniciámos (há quase seis anos), os mais cépticos não acreditaram que era possível penetrações acima dos 20 porcento da energia eólica”, lembrou Antão Fortes, adiantando que nas ilhas do Sal e São Vicente a penetração de energia eólica já chegou a atingir os 55 porcento.
Perguntado se a energia elétrica fica mais barata quando é produzida a partir de fontes renováveis, esclareceu que se trata de uma questão que depende muito das conjunturas, ou seja, dos preços do petróleo no mercado internacional.
“Até 2015, o preço era muito competitivo. A partir desse ano, com a queda substancial que houve, o petróleo voltou novamente a ser mais interessante do que a renovável. Agora, começa a haver o equilíbrio porque a nível internacional o barril de petróleo está a atingir os 60 dólares, precisou Antão Fortes.
Conforme explicou, quando se regista o aumento do preço do petróleo no mercado externo isto torna-se “mais vantajoso” para as energias renováveis.
-0- PANA CS/IZ 17nov2017