PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresas com participação externa registam 30% de crédito mal parado em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Empresas com participação externa são responsáveis por mais de 30 porcento dos créditos mal parados em Cabo Verde, país onde incumprimento dos compromissos assumidos junto dos bancos vem crescendo ao longo dos últimos anos, apurou a PANA, na cidade da Praia, de fonte financeira.
De acordo com um relatório do Estado da Economia 2013, elaborado pelo Banco de Cabo Verde (BCV), contribuíram para a degradação da carteira de ativos dos bancos comerciais a conjuntura económica nacional, o desempenho do setor da construção - excessivamente alavancado – e a evolução do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) por causa da crise financeira e económica dos principais parceiros do arquipélago cabo-verdiano.
“Na maioria dos bancos, o incumprimento das empresas cresceu em 2011 e 2012, estando relacionado, principalmente, com contratos assinados há alguns anos para o financiamento de projetos de investimentos na atividade imobiliária turística e nos transportes”, lê-se no documento.
O mesmo revela ainda que também as empresas ligadas aos ramos da hotelaria e da restauração, particularmente as ilhas de Santiago, Sal e São Vicente, também estão em falta com os bancos.
Já, nos casos particulares, a percentagem destas irregularidades aumenta 43 porcento, associando-se ao financiamento da habitação própria, e 24 porcento para o financiamento de habitação para rendimento.
O relatório do BCV revela ainda que “o financiamento dos estudos e da aquisição de viaturas, além de projetos de investimentos, também está a penalizar os bancos”.
No caso dos emigrantes, o documento indica que estes respondem por mais de 30 porcento do crédito mal parado nos principais bancos comerciais que operam no país.
A nota informa ainda que os bancos que emprestaram dinheiro aos Cabo-verdianos que residem e trabalham no exterior poderão ter sido, na fase da aprovação das propostas, influenciados pelo ciclo de expansão dos investimentos residenciais preferidos por esta categoria.
O documento sugere que estes bancos embarcaram nos sonhos dos investimentos residenciais e acabaram por levar os emigrantes às prevaricações.
No caso das famílias, o BCV apurou que o peso do endividamento no rendimento disponível mais que triplicou nos últimos 12 anos, tendo aumentado de 13,4 porcento (2001) para 43,2 porcento (2012).
O relatório indica ainda que o crédito às famílias cresceu em média, nesse período, 17,9 porcento e teve como principal impulsionador o crédito à habitação.
O BCV atribui a dinâmica do crédito às famílias às mudanças registadas a nível da oferta, entre os quais a descida das taxas de juros, o aumento da concorrência entre bancos, mas também ao afrouxamento de restrições que permitiram a mais famílias acederem ao crédito.
“Mas, o aumento dos créditos em risco das famílias fez crescer as preocupações dos bancos quanto à sustentabilidade das dívidas e às suas consequências para a estabilidade e o crescimento económico”, assinala o documento.
-0- PANA CS/DD 29maio2014
De acordo com um relatório do Estado da Economia 2013, elaborado pelo Banco de Cabo Verde (BCV), contribuíram para a degradação da carteira de ativos dos bancos comerciais a conjuntura económica nacional, o desempenho do setor da construção - excessivamente alavancado – e a evolução do Investimento Direto Estrangeiro (IDE) por causa da crise financeira e económica dos principais parceiros do arquipélago cabo-verdiano.
“Na maioria dos bancos, o incumprimento das empresas cresceu em 2011 e 2012, estando relacionado, principalmente, com contratos assinados há alguns anos para o financiamento de projetos de investimentos na atividade imobiliária turística e nos transportes”, lê-se no documento.
O mesmo revela ainda que também as empresas ligadas aos ramos da hotelaria e da restauração, particularmente as ilhas de Santiago, Sal e São Vicente, também estão em falta com os bancos.
Já, nos casos particulares, a percentagem destas irregularidades aumenta 43 porcento, associando-se ao financiamento da habitação própria, e 24 porcento para o financiamento de habitação para rendimento.
O relatório do BCV revela ainda que “o financiamento dos estudos e da aquisição de viaturas, além de projetos de investimentos, também está a penalizar os bancos”.
No caso dos emigrantes, o documento indica que estes respondem por mais de 30 porcento do crédito mal parado nos principais bancos comerciais que operam no país.
A nota informa ainda que os bancos que emprestaram dinheiro aos Cabo-verdianos que residem e trabalham no exterior poderão ter sido, na fase da aprovação das propostas, influenciados pelo ciclo de expansão dos investimentos residenciais preferidos por esta categoria.
O documento sugere que estes bancos embarcaram nos sonhos dos investimentos residenciais e acabaram por levar os emigrantes às prevaricações.
No caso das famílias, o BCV apurou que o peso do endividamento no rendimento disponível mais que triplicou nos últimos 12 anos, tendo aumentado de 13,4 porcento (2001) para 43,2 porcento (2012).
O relatório indica ainda que o crédito às famílias cresceu em média, nesse período, 17,9 porcento e teve como principal impulsionador o crédito à habitação.
O BCV atribui a dinâmica do crédito às famílias às mudanças registadas a nível da oferta, entre os quais a descida das taxas de juros, o aumento da concorrência entre bancos, mas também ao afrouxamento de restrições que permitiram a mais famílias acederem ao crédito.
“Mas, o aumento dos créditos em risco das famílias fez crescer as preocupações dos bancos quanto à sustentabilidade das dívidas e às suas consequências para a estabilidade e o crescimento económico”, assinala o documento.
-0- PANA CS/DD 29maio2014