PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresário ivoiriense Dabine Dabire detido em Angola por "burla e corrupção"
Luanda, Angola (PANA) - O empresário ivoiriense Dabine Dabire está detido desde sexta-feira, em Angola, por alegada prática dos crimes de "burla por defraudação, associação criminosa, corrupção ativa e tráfico de influência", revelou neste fim de semana a imprensa local.
Ele foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) na capital angolana, Luanda, em cumprimento de um mandado de detenção da Procuradoria Geral da República (PGR).
Dabine Dabire, de 46 anos de idade e também com nacionalidade burkinabe, está em Angola há mais de um ano período de tempo durante o qual teria apresentado às autoridades angolanas propostas fictícias para a construção de novas cidades em várias províncias do país, incluindo Luanda, alegadamente com fundos próprios e através da sua empresa "Mas Group".
As denúncias contra Dabire começaram a circular no país em março deste ano, quando a imprensa angolana o descreveu como "charlatão", imputando-lhe planos para fazer-se passar por um empresário idóneo que se propunha financiar vários projetos de construção.
Entre tais projetos, o suposto empresário prometia transformar a região do litoral angolano numa "nova Califórnia", e construir um porto de águas profundas e uma zona industrial no sul do país.
Até à sua detenção, ele estava hospedado no luxuoso Hotel Talatona, atualmente tido como o mais caro de Luanda, e tinha alegadamente "todo o apoio das autoridades angolanas que colocaram à sua disposição agentes de segurança para a sua proteção na capital do país".
Nesse hotel, Dabine Dabire teria mantido várias reuniões com altos funcionários do Estado e empresários privados para abordar eventuais parcerias e pedir a estes a sua entrada com pequenas participações nos projetos em que ele seria supostamente o financiador principal.
De acordo ainda com as mesmas denúncias, ele chegou inclusive a ser recebido pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, bem como pelo atual chefe de Estado, João Lourenço, tendo prometido investir oito biliões de dólares americanos em Angola.
Ele teria começado a suscitar desconfiança em torno da sua idoneidade quando "começou a ser ameaçado de despejo do Hotel Talatona, por falta de pagamento das suas despesas diárias".
No complexo hoteleiro onde estava hospedado, ele ocupava duas suites presidenciais, aparentemente "para dar a aparência de uma alta figura de negócio".
Uma das suites era usada como seu aposento privado e a outra como seu escritório onde recebia as entidades angolanas, encontros que ele alegadamente aproveitava para causar uma boa impressão, com a projeção de um vídeo sobre a sua vida empresarial, mostrando imagens suas a descer de jatos privados na Itália e em outros países, sobretudo do primeiro mundo.
Por não falar português, as autoridades teriam colocado à sua disposição um tradutor oficial, na altura apresentado igualmente como oficial superior das Forças Armadas Angolanas (FAA).
No seu site profissional (http://www.dabinedabire.com), Dabine Dabire é apresentado como um empresário de renome internacional e presidente de vários grupos empresariais como o “Futuro de Africa”, que tem supostamente financiado muitos projetos no continente.
-0- PANA IZ 20maio2018
Ele foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) na capital angolana, Luanda, em cumprimento de um mandado de detenção da Procuradoria Geral da República (PGR).
Dabine Dabire, de 46 anos de idade e também com nacionalidade burkinabe, está em Angola há mais de um ano período de tempo durante o qual teria apresentado às autoridades angolanas propostas fictícias para a construção de novas cidades em várias províncias do país, incluindo Luanda, alegadamente com fundos próprios e através da sua empresa "Mas Group".
As denúncias contra Dabire começaram a circular no país em março deste ano, quando a imprensa angolana o descreveu como "charlatão", imputando-lhe planos para fazer-se passar por um empresário idóneo que se propunha financiar vários projetos de construção.
Entre tais projetos, o suposto empresário prometia transformar a região do litoral angolano numa "nova Califórnia", e construir um porto de águas profundas e uma zona industrial no sul do país.
Até à sua detenção, ele estava hospedado no luxuoso Hotel Talatona, atualmente tido como o mais caro de Luanda, e tinha alegadamente "todo o apoio das autoridades angolanas que colocaram à sua disposição agentes de segurança para a sua proteção na capital do país".
Nesse hotel, Dabine Dabire teria mantido várias reuniões com altos funcionários do Estado e empresários privados para abordar eventuais parcerias e pedir a estes a sua entrada com pequenas participações nos projetos em que ele seria supostamente o financiador principal.
De acordo ainda com as mesmas denúncias, ele chegou inclusive a ser recebido pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, bem como pelo atual chefe de Estado, João Lourenço, tendo prometido investir oito biliões de dólares americanos em Angola.
Ele teria começado a suscitar desconfiança em torno da sua idoneidade quando "começou a ser ameaçado de despejo do Hotel Talatona, por falta de pagamento das suas despesas diárias".
No complexo hoteleiro onde estava hospedado, ele ocupava duas suites presidenciais, aparentemente "para dar a aparência de uma alta figura de negócio".
Uma das suites era usada como seu aposento privado e a outra como seu escritório onde recebia as entidades angolanas, encontros que ele alegadamente aproveitava para causar uma boa impressão, com a projeção de um vídeo sobre a sua vida empresarial, mostrando imagens suas a descer de jatos privados na Itália e em outros países, sobretudo do primeiro mundo.
Por não falar português, as autoridades teriam colocado à sua disposição um tradutor oficial, na altura apresentado igualmente como oficial superior das Forças Armadas Angolanas (FAA).
No seu site profissional (http://www.dabinedabire.com), Dabine Dabire é apresentado como um empresário de renome internacional e presidente de vários grupos empresariais como o “Futuro de Africa”, que tem supostamente financiado muitos projetos no continente.
-0- PANA IZ 20maio2018