Empresário e filantropo nigeriano apoia iniciativas de jovens cabo-verdianos
Praia, Cabo Verde (PANA) - O empresário e filantropo nigeriano Tony Elumelu, presidente do United Bank for Africa, manifestou a sua disponibilidade para apoiar iniciativas de jovens empreendedores cabo-verdianos, uma vez que "o futuro de Africa depende da mobilização da juventude"
O investidor nigeriano, fundador da Fundação Tony Elumelu (TEF), chegou a Cabo Verde quinta-feira, para o primeiro Fórum Nacional da Juventude, encerrado este sábado na ilha de São Vicente, numa parceria do Governo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Tony Elumelu, que se reuniu com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, desafiou, na ocasião, os jovens empresários cabo-verdianos a dedicarem-se ao empreendedorismo, tirando partido das opções que Cabo Verde está a preconizar.
“O primeiro-ministro falou comigo sobre o incentivo fiscal que estão implementando. Falou sobre a abertura que o país tem para o turismo, transporte aéreo e o compromisso com os empreendedores, garantindo que os interessados na agricultura, nas tecnologias de informação e comunicação (TIC) e noutras áreas sejam apoiados para alcançar o sucesso”, acrescentou.
O movimento de empreendedorismo liderado pela Fundação Tony Elumelu tem vindo a receber a atenção do setor público africano, catalisando o desenvolvimento da economia africana.
O objetivo é alavancar a população jovem para criar empregos, receitas e erradicar a pobreza no continente.
Até ao momento, a fundação TEF já formou sete mil 531 empreendedores, em todos os 54 países africanos, 19 dos quais oriundos de Cabo Verde.
O primeiro Fórum Nacional da Juventude é um evento que acontece no âmbito do Youth Connekt Cabo Verde, reunindo cerca de 120 jovens de todo o país, sob o lema "Preparar os jovens para o mercado global".
A cerimónia de abertura foi presidida pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que destacou a importância do evento “na aproximação entre os jovens, as suas organizações e os decisores políticos”.
Defendeu a institucionalização de "um espaço de diálogo que se pretende estruturado e horizontal, enquanto meio e instrumentos para a permuta de conhecimentos e informações, mas também de produção de ideias e propostas”.
“É fundamental a institucionalização de espaços de discussão e de concertação como este, para que os jovens, as suas opiniões e suas preocupações possam ser consideradas na definição das políticas que a eles se destinam”, reforçou.
-0- PANA CS/IZ 20out2019