Agência Panafricana de Notícias

Empresário angolano nomeado à frente do bureau do LIDE Internacional

Dakar, Senegal (PANA) – O Grupo “LIDE Internacional” designou o empresário angolano Filipe Lemos como presidente executivo do LIDE Angola, a sua primeira representação em África, ainda em fase embrionária, com lançamento oficial previsto para dezembro próximo, soube-se quarta-feira de fonte da organização.

Uma nota de imprensa transmitida à PANA refere que o primeiro ato formal de Filipe Lemos, enquanto presidente executivo do LIDE Angola, foi a apresentação em Luanda do início do projeto junto da Embaixada do Brasil, país-sede do LIDE Internacional.

De 40 anos de idade, o jurista e bancário Filipe Lemos aproveitou a cerimónia, decorrida segunda-feira, para convidar a embaixadora do Brasil em Angola, Lucy Petersen, para a apresentação oficial do LIDE Angola, em 15 de dezembro deste ano.

O LIDE Angola é apresentado como um espaço de debate e uma “rede de lobbying e networking empresarial que congrega os gestores das principais empresas privadas e líderes de corporações internacionais” que operam em Angola nos diferentes domínios.

A sua agenda, à semelhança da da organização-mãe no Brasil, está virada, entre outros, para a promoção da “integração entre empresas, organizações e entidades privadas a nível nacional e internacional”, por meio de debates, fóruns empresariais e iniciativas de apoio à sustentabilidade e à responsabilidade social.

Nesta fase inicial, o projeto está a ser apoiado pelo recém-criado LIDE Portugal, o primeiro braço europeu da organização surgida no Brasil há cerca de sete anos e atualmente presidida por Luiz Fernando Fúrlan, ex-ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A PANA apurou que a criação do LIDE Angola, pouco depois do lançamento oficial do LIDE Portugal, a 1 de julho deste ano, obedece a uma estratégia de crescimento da organização-mãe, que projeta expandir-se a mais países para cobrir os quatro continentes do globo.

Enquanto Angola foi escolhida para ser o primeiro país africano a acolher a organização, a Portugal coube igualmente a eleição de “porta de entrada” europeia do LIDE Internacional,
com previsões de se instalar também em países como a China, a Índia, os Emirados Árabes Unidos e a Rússia, entre outros, nos próximos dois a três anos.

Segundo os responsáveis do Grupo LIDE (Líderes Empresariais), a escolha de Angola como nação inaugural no continente africano explica-se pelo facto de a organização considerar que ela “poderá ser, a médio prazo em África, aquilo que o Brasil é hoje na América do Sul e no Mundo”.

No Brasil, esta rede reúne hoje cerca de 47 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) privado local, estando apostada na criação de “sinergias, ideias e atividades no âmbito do pensamento, do relacionamento e dos princípios éticos de governação corporativa”.

-0- PANA IZ 20julho2011