PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresária Isabel dos Santos ignora notificação da PGR angolana
Luanda, Angola (PANA) - A empresária angolana Isabel dos Santos ignorou uma notificação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser ouvida como antiga gestora da empresa petrolífera nacional, a Sonangol, confirmou a PGR segunda-feira.
Uma nota citada pela Televisão Pública de Angola (TPA) explica que a primeira notificação foi entregue a Isabel dos Santos, filha primogénita do ex-Presidente José Eduardo dos Santos,
a 17 de junho passado, para que fosse ouvida no dia seguinte, o que não aconteceu.
A PGR pretende interrogar a empresária sobre algumas irregularidades alegadamente registadas na gestão da Sonangol, a maior empresa pública do país que ela liderou como presidente do seu Conselho de Administração, de junho de 2016 a novembro de 2017.
As referidas irregularidades foram denunciadas em fevereiro último pelo atual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, que acusou Isabel dos Santos de ter feito despesas alegadamente fictícias de cerca de 173 milhões de dólares americanos.
De acordo com a nova direção da Sonangol, a filha de Eduardo dos Santos teria gasto 135 milhões de dólares americanos em serviços de consultoria alegadamente fictícios, antes de autorizar, depois da sua exoneração, uma transferência de outros 38 milhões de dólares.
A gestão de Isabel dos Santos foi igualmente acusada de ter criado um suposto "caixa dois", para o processamento de salários fora do circuito normal de pagamentos, pagando a cada administrador 145 salários por 17,5 meses, além do não pagamento de dividendos alegadamente devidos à Sonangol, no valor de 438 milhões de euros.
Nomeada pelo seu pai, em 3 de junho de 2018, para presidir ao Conselho de Administração da Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis), Isabel dos Santos foi exonerada do cargo pelo novo Presidente angolano, João Lourenço, em 15 de novembro de 2017.
Na sua reação às denúncias do seu sucessor, a empresária negou todas as acusações feitas contra si e transferiu a culpa por quaisquer falcatruas registadas na Sonangol ao que chamou de "antiga escola", ou seus antecessores, que teriam levado a empresa à falência.
Segundo Isabel dos Santos, a gestão anterior liderada por Manuel Vicente caraterizou-se por uma “cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundou a Sonangol" em primeiro lugar, e em que muitos "aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol”.
Numa alusão a Saturnino, que na gestão de Manuel Vicente ocupou a posição-chave de diretor de negociações (2002 a 2012), Isabel dos Santos afirmou que agora “estão de retorno os interesses das pessoas que se enriqueceram de biliões à custa da Sonangol (...) que hoje fomentam e agitam a opinião publica, de forma a poderem retomar os seus velhos hábitos”.
Justificou que os dinheiros mencionados referem-se a "pagamentos totalmente legítimos de faturas emitidas, relativas ao trabalho efetivamente realizado e prestado por vários consultores subcontratados no âmbito dos trabalhos do projeto de Reestruturação da Sonangol".
Por isso, considerou as acusações do seu sucessor de "graves, falsas, difamatórias e caluniosas", e prometeu queixar-se judicialmente para que tais insinuações "não fiquem impunes".
-0- PANA IZ 31julho2018
Uma nota citada pela Televisão Pública de Angola (TPA) explica que a primeira notificação foi entregue a Isabel dos Santos, filha primogénita do ex-Presidente José Eduardo dos Santos,
a 17 de junho passado, para que fosse ouvida no dia seguinte, o que não aconteceu.
A PGR pretende interrogar a empresária sobre algumas irregularidades alegadamente registadas na gestão da Sonangol, a maior empresa pública do país que ela liderou como presidente do seu Conselho de Administração, de junho de 2016 a novembro de 2017.
As referidas irregularidades foram denunciadas em fevereiro último pelo atual presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, que acusou Isabel dos Santos de ter feito despesas alegadamente fictícias de cerca de 173 milhões de dólares americanos.
De acordo com a nova direção da Sonangol, a filha de Eduardo dos Santos teria gasto 135 milhões de dólares americanos em serviços de consultoria alegadamente fictícios, antes de autorizar, depois da sua exoneração, uma transferência de outros 38 milhões de dólares.
A gestão de Isabel dos Santos foi igualmente acusada de ter criado um suposto "caixa dois", para o processamento de salários fora do circuito normal de pagamentos, pagando a cada administrador 145 salários por 17,5 meses, além do não pagamento de dividendos alegadamente devidos à Sonangol, no valor de 438 milhões de euros.
Nomeada pelo seu pai, em 3 de junho de 2018, para presidir ao Conselho de Administração da Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis), Isabel dos Santos foi exonerada do cargo pelo novo Presidente angolano, João Lourenço, em 15 de novembro de 2017.
Na sua reação às denúncias do seu sucessor, a empresária negou todas as acusações feitas contra si e transferiu a culpa por quaisquer falcatruas registadas na Sonangol ao que chamou de "antiga escola", ou seus antecessores, que teriam levado a empresa à falência.
Segundo Isabel dos Santos, a gestão anterior liderada por Manuel Vicente caraterizou-se por uma “cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundou a Sonangol" em primeiro lugar, e em que muitos "aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol”.
Numa alusão a Saturnino, que na gestão de Manuel Vicente ocupou a posição-chave de diretor de negociações (2002 a 2012), Isabel dos Santos afirmou que agora “estão de retorno os interesses das pessoas que se enriqueceram de biliões à custa da Sonangol (...) que hoje fomentam e agitam a opinião publica, de forma a poderem retomar os seus velhos hábitos”.
Justificou que os dinheiros mencionados referem-se a "pagamentos totalmente legítimos de faturas emitidas, relativas ao trabalho efetivamente realizado e prestado por vários consultores subcontratados no âmbito dos trabalhos do projeto de Reestruturação da Sonangol".
Por isso, considerou as acusações do seu sucessor de "graves, falsas, difamatórias e caluniosas", e prometeu queixar-se judicialmente para que tais insinuações "não fiquem impunes".
-0- PANA IZ 31julho2018