Agência Panafricana de Notícias

Empresa japonesa constrói fábricas têxteis em Angola

Luanda, Angola (PANA) - Duas novas fábricas têxteis vão ser erguidas até 2015, no município de Cambambe, na província nortenha angolana do Kwanza-Norte num investimento privado japonês para a produção de tecidos, vestuário e outros produtos têxteis, anunciou fonte oficial.

O projeto teve início em junho passado, com a demolição do edifício da antiga fábrica de tecidos Satec, sobre a qual vão ser edificadas as novas unidades fabris, equipadas com tecnologia de ponta, e que vão proporcionar cerca de mil e 500 postos de trabalho diretos, revelou fonte da administração local citada pela agência angolana de notícias (ANGOP).

O surgimento destas fábricas vai reativar o parque industrial local do Dondo, que já foi considerado o quarto do país, até finais da década de 80.

A fonte, que não revelou o montante e o nome do investidor envolvidos no projeto, acrescentou que, para além deste investimento, vão ainda ser construídas no mesmo município duas outras fábricas do ramo agroindustrial, cujas obras arrancam este ano, numa iniciativa do grupo empresarial Génios Angola.

Cambambe dispõe ainda de uma reserva fundiária constituída por mais de 200 hectares destinada à edificação de cerca de 70 fábricas, no âmbito de um programa governamental de reindustrialização recentemente aprovado e que cria os polos industriais de Cambambe e Lucala, todos na província do Kwanza-Norte.

Todos estes investimentos, adiantou a fonte, visam transformar o município num polo de desenvolvimento industrial, visando contribuir para uma redução significativa do desemprego.

A antiga fábrica de tecidos Satec faz parte de um conjunto de unidades industriais que o município detinha, a par das empresas de Vinho Vimelo, a sociedade algodoeira do Ambriz, a de produção de materiais de construção, o aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe e a cervejeira EKA, construídas durante o período colonial.

Deste conjunto, apenas o aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe e a cervejeira EKA laboram a 100 porcento, enquanto as demais ficaram inativas durante o conflito armado terminado em fevereiro de 2002.

-0- PANA ANGOP/IZ 15julho2013