PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresa americana processa 3 generais angolanos por suposta burla de $ 55 milhões
Luanda, Angola (PANA) - Uma companhia americana intentou este mês, nos Estados Unidos, uma ação judicial contra três generais angolanos, incluindo o atual procurador-geral da República, João Maria de Sousa, por alegada burla de mais de 55 milhões de dólares americanos, envolvendo propriedades imobiliárias, segundo a imprensa local.
A ação foi proposta no Tribunal do Distrito de Columbia pela Africa Growth Corporation (AGC), sediada nos Estados Unidos, contra o Estado angolano e os generais João Maria de Sousa, Higino Carneiro (antigo governador da província de Luanda) e António Francisco Andrade.
São igualmente visados na ação o capitão Miguel Kenehle Andrade e a procuradora da República Natasha Andrade Santos, todos eles filhos do general António Francisco Andrade.
A disputa envolve a compra pela AGC de várias propriedades em Angola, incluindo apartamentos, que foram posteriormente arrendados antes de serem alegadamente transferidos de forma ilegal para a titularidade da procuradora Natasha Andrade Santos.
Especializada em investimentos no mercado imobiliário na África Austral, com a aquisição, operação e financiamento de bens imobiliários, a AGC acusa o general Andrade e os seus filhos de a terem burlado em mais de 55 milhões de dólares americanos, com a cumplicidade e cobertura do Governo Provincial de Luanda e da Procuradoria Geral da República.
Ela alega que adquiriu legalmente na capital angolana, Luanda, propriedades imobiliárias e comerciais e geriu vários complexos de apartamentos arrendados a Angolanos e a estrangeiros, mas que a parte angolana na sociedade transferiu ilegalmente os seus bens para a titularidade da procuradora Natasha Andrade Santos, usando documentos fraudulentos.
Para além do recurso a documentos fraudulentos, explica, a contraparte angolana também usou da intimidação e da força de armas para realizar apreensões e expropriações.
A AGC indica que as suas propriedades em Angola foram tomadas sem qualquer compensação e de forma discriminatória com base na nacionalidade dos seus acionistas.
Na sua reação a essas acusações, o procurador-geral da República de Angola disse que, na verdade, se tratou de um diferendo entre sócios ou entre sociedades relacionadas num negócio de construção de imóveis com o general António Francisco Andrade, mas que a filha deste, tentando tirar proveito da função de procuradora, "se excedeu".
Falando em conferência de imprensa, sexta-feira, em Luanda, João Maria de Sousa disse que a sua inferior hierárquica teria assinado uma nota, em defesa do negócio do pai, dirigida aos Serviços de Migração e Estrangeiros a solicitar a interdição de entrada no país do sócio Christopher Sugrue, detentor das nacionalidades americana, irlandesa e suíça.
A nota referia que Christopher Sugrue estava indiciado da prática dos crimes de "abuso de confiança, roubo qualificado, ameaça e introdução em imóvel alheio", esclareceu.
João Maria de Sousa considera que o ato foi praticado "no interesse particular" da procuradora visada, que se encontra de momento ausente do país em companhia de um filho menor em junta médica, e que a sua atitude "não vincula o Estado angolano".
Em consequência, disse, o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público instaurou um processo disciplinar à procuradora Natasha Sulaia e Santos Andrade Santos, por suspeita de burla e abuso de poder, "podendo, eventualmente, ser responsabilizada criminalmente".
-0- PANA IZ 25nov2017
A ação foi proposta no Tribunal do Distrito de Columbia pela Africa Growth Corporation (AGC), sediada nos Estados Unidos, contra o Estado angolano e os generais João Maria de Sousa, Higino Carneiro (antigo governador da província de Luanda) e António Francisco Andrade.
São igualmente visados na ação o capitão Miguel Kenehle Andrade e a procuradora da República Natasha Andrade Santos, todos eles filhos do general António Francisco Andrade.
A disputa envolve a compra pela AGC de várias propriedades em Angola, incluindo apartamentos, que foram posteriormente arrendados antes de serem alegadamente transferidos de forma ilegal para a titularidade da procuradora Natasha Andrade Santos.
Especializada em investimentos no mercado imobiliário na África Austral, com a aquisição, operação e financiamento de bens imobiliários, a AGC acusa o general Andrade e os seus filhos de a terem burlado em mais de 55 milhões de dólares americanos, com a cumplicidade e cobertura do Governo Provincial de Luanda e da Procuradoria Geral da República.
Ela alega que adquiriu legalmente na capital angolana, Luanda, propriedades imobiliárias e comerciais e geriu vários complexos de apartamentos arrendados a Angolanos e a estrangeiros, mas que a parte angolana na sociedade transferiu ilegalmente os seus bens para a titularidade da procuradora Natasha Andrade Santos, usando documentos fraudulentos.
Para além do recurso a documentos fraudulentos, explica, a contraparte angolana também usou da intimidação e da força de armas para realizar apreensões e expropriações.
A AGC indica que as suas propriedades em Angola foram tomadas sem qualquer compensação e de forma discriminatória com base na nacionalidade dos seus acionistas.
Na sua reação a essas acusações, o procurador-geral da República de Angola disse que, na verdade, se tratou de um diferendo entre sócios ou entre sociedades relacionadas num negócio de construção de imóveis com o general António Francisco Andrade, mas que a filha deste, tentando tirar proveito da função de procuradora, "se excedeu".
Falando em conferência de imprensa, sexta-feira, em Luanda, João Maria de Sousa disse que a sua inferior hierárquica teria assinado uma nota, em defesa do negócio do pai, dirigida aos Serviços de Migração e Estrangeiros a solicitar a interdição de entrada no país do sócio Christopher Sugrue, detentor das nacionalidades americana, irlandesa e suíça.
A nota referia que Christopher Sugrue estava indiciado da prática dos crimes de "abuso de confiança, roubo qualificado, ameaça e introdução em imóvel alheio", esclareceu.
João Maria de Sousa considera que o ato foi praticado "no interesse particular" da procuradora visada, que se encontra de momento ausente do país em companhia de um filho menor em junta médica, e que a sua atitude "não vincula o Estado angolano".
Em consequência, disse, o Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público instaurou um processo disciplinar à procuradora Natasha Sulaia e Santos Andrade Santos, por suspeita de burla e abuso de poder, "podendo, eventualmente, ser responsabilizada criminalmente".
-0- PANA IZ 25nov2017