Agência Panafricana de Notícias

Empresa americana chamada a buscar caixas negras de avião iemenita nas Comores

Moroni- ilhas Comores (PANA) -- O Escritório Francês de Inquéritos e Análises (Bea) recorreu aos serviços duma empresa norte-americana para a recuperar as caixas negras do aparelho A310 da companhia Yemenia Airways despenhado a 30 de Junho último nas águas comorianas, indicou quinta-feira o embaixador de França nas ilhas Comores, Luc Hallade.
Durante uma conferência de imprensa em Moroni, o diplomata francês disse que os fiscalizadores de voo do aparelho se encontrariam a mil 200 metros de profundeza.
Ele indicou que um navio francês, Beautemps-Baupré, que chegou a 17 de Julho corrente a Moroni para um estudo oceanográfico, com o mesmo objectivo, não pode infelizmente ultrapassar mil metros de profundeza.
"É preciso um robô capaz de ir para além deste limite", disse Hallade confirmando que os sinais emitidos pelos fiscalizadores eram reais.
Luc Hallade precisou que o navio norte-americano esperado deverá estar neste arquipélago na primeira quinzena de Setembro próximo e "terá pelo menos 10 dias para lançar as operações".
Do seu lado, o director do Gabinete encarregue da Defesa na Presidência das ilhas Comores, Mohamed Bacar Dossar, afirmou que ainda prossegue a identificação de 24 corpos recuperados nas águas tanzanianas".
Ele congratulou-se, por outro lado, com a mobilização das associações das famílias das vítimas no seio duma mesma e única organização.
Várias famílias comorianas, indica-se, exprimiram a sua oposição à inumação dos seus entes queridos na Tanzânia, suscitando uma polémica na sequência das declarações de homens religiosos que não julgaram necessário o repatriamento dos corpos.