PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresa alemã de comércio justo compra cacau de São Tomé
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - A GEPA, a maior organização de comércio justo da Alemanha e da Europa, vai aumentar, nos próximos anos, o volume de compra de cacau em São Tomé e Príncipe, apurou a PANA quarta-feira de fonte autorizada na capital do arquipélago.
Para o efeito, estão neste momento em São Tomé agrónomos alemães a trabalharem na obtenção da certificação biológica para a Cooperativa de Exportação de Cacau de Qualidade (CECAQ 11), da zona central de São Tomé e Príncipe.
Segundo a fonte, o volume anual de negócios entre a GEPA e a CECAQ 11, que trabalham em parceria há já três anos, está avaliado em cerca de 400 mil euros.
A CECAQ 11 congrega cerca de 600 agricultores, enquanto a GEPA tem ligações com cerca de 190 cooperativas espalhadas por África, América Latina e Ásia.
Stephan Beck, engenheiro agrónomo da GEPA que coordena a pesquisa sobre as técnicas de produção da CECAQ 11 com vista à obtenção da certificação, explicou que a sua organização elegeu esta última nessa parceira por ter concluído que o cacau santomense "tem boa qualidade”.
Para este ano, a CECAQ prevê vender à GEPA cerca de 200 toneladas de cacau seco.
A GEPA, igualmente descrita hoje como a maior organização de comércio alternativo da Europa, controla cinco centros regionais de comércio justo na Alemanha e abastece cerca de 800 lojas no mundo, milhares de grupos de ação e redes de supermercados e retalhistas, cantinas, associações de estudantes e centros de conferências, entre outros.
Da sua versão original em alemão, a abreviatura GEPA corresponde a "Gesellschaft zur Förderung der Partnerschaft mit der Dritten Welt mbH“, ou "Sociedade para a Promoção de Parceria com o Terceiro Mundo", na tradução literal.
O comércio justo (do inglês: fair trade) é apresentado como um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica, que vem sendo também designada por "econológica".
Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas, promovendo o encontro de produtores responsáveis com consumidores éticos.
É definido como uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável.
O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos, com vista a promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, nos Países Baixos, a "Fair Trade Organisation", expressão inglesa para "Organização de Comércio Justo".
Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo, e o café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988.
A experiência espalhou-se pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association (Associação Internacional de Comércio Justo), que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas, sendo assim um comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo, numa opção ética que tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao optarem pela agroecologia, como agricultura orgânica.
-0- PANA RMG/IZ 30out2013
Para o efeito, estão neste momento em São Tomé agrónomos alemães a trabalharem na obtenção da certificação biológica para a Cooperativa de Exportação de Cacau de Qualidade (CECAQ 11), da zona central de São Tomé e Príncipe.
Segundo a fonte, o volume anual de negócios entre a GEPA e a CECAQ 11, que trabalham em parceria há já três anos, está avaliado em cerca de 400 mil euros.
A CECAQ 11 congrega cerca de 600 agricultores, enquanto a GEPA tem ligações com cerca de 190 cooperativas espalhadas por África, América Latina e Ásia.
Stephan Beck, engenheiro agrónomo da GEPA que coordena a pesquisa sobre as técnicas de produção da CECAQ 11 com vista à obtenção da certificação, explicou que a sua organização elegeu esta última nessa parceira por ter concluído que o cacau santomense "tem boa qualidade”.
Para este ano, a CECAQ prevê vender à GEPA cerca de 200 toneladas de cacau seco.
A GEPA, igualmente descrita hoje como a maior organização de comércio alternativo da Europa, controla cinco centros regionais de comércio justo na Alemanha e abastece cerca de 800 lojas no mundo, milhares de grupos de ação e redes de supermercados e retalhistas, cantinas, associações de estudantes e centros de conferências, entre outros.
Da sua versão original em alemão, a abreviatura GEPA corresponde a "Gesellschaft zur Förderung der Partnerschaft mit der Dritten Welt mbH“, ou "Sociedade para a Promoção de Parceria com o Terceiro Mundo", na tradução literal.
O comércio justo (do inglês: fair trade) é apresentado como um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica, que vem sendo também designada por "econológica".
Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas, promovendo o encontro de produtores responsáveis com consumidores éticos.
É definido como uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável.
O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos, com vista a promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, nos Países Baixos, a "Fair Trade Organisation", expressão inglesa para "Organização de Comércio Justo".
Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo, e o café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988.
A experiência espalhou-se pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association (Associação Internacional de Comércio Justo), que reúne atualmente cerca de 300 organizações em 60 países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas, sendo assim um comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo, numa opção ética que tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao optarem pela agroecologia, como agricultura orgânica.
-0- PANA RMG/IZ 30out2013