Empresa Açucareira no Burundi incapaz de cobrir suas despesas
Bujumbura, Burundi (PANA) - A estrutura atual do preço de açúcar, que data de março de 2017, não permite à Empresa Açucareira de Moso (SOSUMO, sigla em francês) cobrir todas as despesas, tendo em conta a atual conjuntura económica, segundo um comunicado final do último Conselho de Ministros burundês publicado esta segunda-feira.
Por outro lado, visto que a fonte principal das receitas da SOSUMO é a venda de açúcar, qualquer variação em alta dos preços na aquisição dos imputs agrícolas, equipamentos e produtos que intervêm no processo de produção de açúcar engendra retornos negativos na via da empresa", lê-se na nota.
A situação leva o Estado burundês a recear uma falência da sua empresa, "se medidas de acompanhamento não forem tomadas a tempo", segundo a mesma fonte.
Para fazer face a esta situação delicada, o Conselho de Ministros balanceou entre a revisão em alta do preço de venda de um quilo de açúcar e o abandono das taxas pela SOSUMO, tendo mantido a revisão em alta do preço de açúcar, por meio de uma recomendação dada à empresa para fazer os cálculos monstrando a parte do açúcar produzido localmente e o choque produzido pelo açúcar importado para fixar uma estrutura de preço razoável."
O Conselho de Ministros recomendou igualmente à SOSUMO para "mostrar o custo de produção de um quilo de açúcar produzido localmente e elaborar um estudo sobre o choque produzido pelo ajuste da taxa de câmbio."
O fórum versou também sobre outros pontos candentes relativos à venda de perda e o défice de produção que conhece presentemente a Empresa Açucareira de Moso, (nome do local de implantação, no sul do Burundi).
Uns anos po outros, este défice oscila em torno de 20.000 toneladas, longe das necessidades de consumo local, estimadas em 36.000 toneladas, e num contexto de penúrias especulativas generalizadas.
Segundo o preço oficial, um quilo de açúcar produzido localmente custa 2.500 francos burundeses (0,8céntimo de dólar americano).
Raros são os postos de venda que não multipliquem por dois a três vezes este preço oficial, e ainda assim depois de a gente ter andando muito, se queixam consumidores.
-0- PANA FB/JSG/DD 12junho2023