Agência Panafricana de Notícias

Empregadores oeste-africanos chamados a buscar posição comum

Praia, Cabo Verde (Praia) - Os empregadores oeste-africanos têm de instaurar a boa governação e promover ações de reflexão que lhes permitam projetar uma posição comum, em vez de perspetivas individuais de cada país, defendeu o empresário ivoiriense Ousseine Diallo durante um ateliê sobre a matéria realizado na capital cabo-verdiana, Praia.

O encontro direcionado para a melhoria da gestão das entidades empregadoras e capacitação de formadores foi promovido pela Federação das Organizações Patronais da África Ocidental (FOPAO), apurou a PANA sexta-feira na cidade da Praia de fonte empresarial.

De acordo com Ousseine Diallo, secretário-geral da FOPAO, esta ação de dois dias iniciada quinta-feira visou promover, de forma mais eficaz, os intercâmbios entre empresas e operadores económicos da sub-região.

Diallo, entende que só assim o setor privado pode desempenhar cabalmente o seu papel dentro da comunidade e passará a ocupar o seu lugar no desenvolvimento da sub-região e na luta contra a pobreza nos países da África Ocidental, uma vez que é ele que cria riquezas, através das empresas e da promoção do emprego.

“Até agora temos trabalhado de forma dispersa, e é por isso que a FOPAO, que congrega as organizações do setor privado de 15 países da CEDEAO e a Mauritânia, realizou um estudo e constatou que existem níveis diferentes de qualidade na atuação das entidades empregadoras", revelou o empresário ivoiriense.

Para ele, "se os empregadores oeste-africanos querem ser eficazes, eles têm de aprender a gerir eficientemente as suas organizações, instaurar a boa governação e promover ações de reflexão que lhes permitam projetar uma posição comum, em vez de perspetivas individuais de cada país".

"É por isso que estamos a organizar este ateliê, que se insere num grande projeto, destinado ao reforço da capacitação das organizações patronais da África Ocidental, que nos vai permitir dispor, em cada país, de um ponto focal que será a locomotiva do processo de formação dos agentes responsáveis, no quotidiano, pela dinâmica do sector privado", explicou.

Por outro lado, disse, isso vai fazer com que "estejamos fortes e unidos e sejamos a voz promotora da eficácia do setor privado, tendo em vista a materialização das reformas necessárias ao desenvolvimento da nossa região".

Para o ponto focal da FOPAO em Cabo Verde, Agnelo Sanches, o envolvimento e a participação dos empresários e consultores cabo-verdianos nas ações e atividades da FOPAO é de grande importância, uma vez que, segundo ele, a economia cabo-verdiana deve desenvolver-se e internacionalizar-se na perspetiva do mercado da África Ocidental.

Este ateliê de formação, promovido pela FOPAO, contou com o envolvimento de todas as associações comerciais e empresarias do arquipélago.

-0- PANA CS/IZ 17set2011