Eleições presidências 2021, aumenta pressão sob liderança do primeiro-ministro são-tomense
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA)- O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, considerou que “haverá tempo suficiente para a covid-19 (coronavírus) política nas eleições presidências de 2021”, soube a PANA de fonte oficial em São Tomé.
“Depois de resolvermos o problema de saúde pública causada pela covid-19, haverá tempo suficiente para a Covid política das presidências 2021”, afirmou quarta-feira Jorge Bom Jesus, numa comunicação à imprensa.
Alvo de uma contestação interna por parte dos veteranos do MLSTP-PSD (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, Partido Social Democrata), por causa da gestão da pandemia, Jorge Bom Jesus disse que o país não precisa dum Governo de Salvação Nacional, “posição vincada".
Reconheceu que aumentam críticas contra o Governo pela forma como o país esta a lutar contra a covid-19 que atualmente afeta 443 pessoas, tendo já ceifado 12 vidas no país.
O primeiro-ministro e presidente do MLSTP-PSD, partido no poderm é criticado há muito tempo pela ala dos veteranos fundadores do partido, pela forma como tem gerido processos e assuntos da governação com flexibilidade com partidos que compõem a coligação governativa.
As críticas culminaram quando o partido se reuniu nio último fim de semana, na sua sede em Riboque para montar uma estratégia com vista a contrapor, no terreno, a quebra de popularidade de que o partido e o seu líder estão a ser alvo devido a políticas e medidas preventivas contra a covid-19.
No entanto, recordou que o período que o país atravessa “precisa de união e serenidade de gente que ajude o Governo a salvar as vidas dos São-tomenses.”
Recordou não fazer parte da "turma dos maniqueístas (profetas de desgraça), que sabem tudo e têm soluções milagrosas para tudo quando estão na oposição e que acham que tudo está mal, quando não estão na liderança.”
O chefe do Governo são-tomense foi mais longe, recordando aos contestatários que “tiveram oportunidade para fazerem melhor e diferente mas não o fizeram.”
“Os momentos difíceis, históricos filtram, enaltecem e absorvem os verdadeiros patriotas, mas desvendam oportunistas”, considerou.
O primeiro-ministro assegurou que "há momento para tudo", recordando que “neste momento, o país não precisa de um Governo de Salvação Nacional.”
As eleições presidências serão realizadas em 2021 em São Tomé e Príncipe, mas a covid-19, segundo observadores, transformou-se numa arma de ataque para fragilizar o Governo, o MLSTP-PSD e o seu líder, devido a falhas sanitárias do país, por ser também um assunto novo.
Nesta quinta-feira, o comité de emergência reuniu-se sob a égide do Presidente da República, Evaristo Carvalho.
Porém, o primeiro-ministro rejeita a possibilidade de um governo de salvação nacional e alerta que a covid-presidências 2020, após a pandemia, quando faltam quatro dias para o fim do estado de emergência na Saúde Publica, ou seja a 31 de maio corrente.
-0- PANA RMG/DD 27maio2020