PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Eleições legislativas na Guiné-Conakry adiadas para sábado
Conakry, Guiné (PANA) - A Guiné-Conakry adiou para 28 de setembro corrente as eleições legislativas inicialmente previstas terça-feira próxima, devido "a numerosas disfunções" denunciadas por vários partidos políticos que acusam a Comissão Nacional Eleitoral Independente (CENI) de ser o principal responsável por situação.
A decisão de adiamento do escrutínio foi tomada sábado à noite, no termo de 48 horas de discussões entre os atores políticos, sob a supervisão do facilitador designado das Nações Unidas, Said Djinnit.
Em julho passado, Djinnit conseguiu reunir os partidos políticos do país para diálogo, depois de violentas manifestações que fizeram dezenas de mortos, centenas de feridos e destruições maciças de bens públicos e privados.
Líderes políticos como Cellou Dalein Diallo, Lansana Kouyaté e Sidya Touré, cujo desejo de um adiamento de duas semanas foi rejeitado pelos facilitadores, acusam a CENI de não favorecer o voto de vários dos seus militantes que estão, segundo eles, distantes das suas assembleias de voto.
Estes líderes da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG), do Partido da Esperança e Desenvolvimento (PEDN) e da União das Forças Republicanas (UFR), respetivamente, ameaçaram convocar os seus militantes para sair à rua em manifestações de protesto.
Esta ameaça agravou imediatamente a situação, obrigando o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e chefe da delegação dos facilitadores, Said Djinnit, bem como o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Kadré Desiré Ouédrago, a viajar para Conakry para se reunir com todos os principais atores políticos.
Num recente comunicado, a Missão dos Observadores Eleitorais (MOE) da União Europeia, que já desdobrou mais de 60 agentes no terreno, apela à CENI para "tudo fazer" para que os atores políticos e os cidadãos guineenses possam apreciar a integralidade de todas as etapas do processo eleitoral.
Os emissários da UE imputam à CENI "um mau arranque" da distribuição dos cartões eleitorais que, segundo eles, não funcionou corretamente na maioria das 38 circunscrições eleitorais onde deverão ser distribuidos cinco milhões 94 mil e 644 cartões.
As últimas eleições legislativas, que decorreram em 2002 sob o regime do defunto Presidente Lansana Conté, foram boicotadas pela maioria dos partidos políticos que denunciaram fraudes e anomalias.
-0- PANA AC/SSB/MAR/IZ 22set2013
A decisão de adiamento do escrutínio foi tomada sábado à noite, no termo de 48 horas de discussões entre os atores políticos, sob a supervisão do facilitador designado das Nações Unidas, Said Djinnit.
Em julho passado, Djinnit conseguiu reunir os partidos políticos do país para diálogo, depois de violentas manifestações que fizeram dezenas de mortos, centenas de feridos e destruições maciças de bens públicos e privados.
Líderes políticos como Cellou Dalein Diallo, Lansana Kouyaté e Sidya Touré, cujo desejo de um adiamento de duas semanas foi rejeitado pelos facilitadores, acusam a CENI de não favorecer o voto de vários dos seus militantes que estão, segundo eles, distantes das suas assembleias de voto.
Estes líderes da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG), do Partido da Esperança e Desenvolvimento (PEDN) e da União das Forças Republicanas (UFR), respetivamente, ameaçaram convocar os seus militantes para sair à rua em manifestações de protesto.
Esta ameaça agravou imediatamente a situação, obrigando o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e chefe da delegação dos facilitadores, Said Djinnit, bem como o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Kadré Desiré Ouédrago, a viajar para Conakry para se reunir com todos os principais atores políticos.
Num recente comunicado, a Missão dos Observadores Eleitorais (MOE) da União Europeia, que já desdobrou mais de 60 agentes no terreno, apela à CENI para "tudo fazer" para que os atores políticos e os cidadãos guineenses possam apreciar a integralidade de todas as etapas do processo eleitoral.
Os emissários da UE imputam à CENI "um mau arranque" da distribuição dos cartões eleitorais que, segundo eles, não funcionou corretamente na maioria das 38 circunscrições eleitorais onde deverão ser distribuidos cinco milhões 94 mil e 644 cartões.
As últimas eleições legislativas, que decorreram em 2002 sob o regime do defunto Presidente Lansana Conté, foram boicotadas pela maioria dos partidos políticos que denunciaram fraudes e anomalias.
-0- PANA AC/SSB/MAR/IZ 22set2013