PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Eleições gerais adiadas na Nigéria
Abuja, Nigéria (PANA) – As eleições presidenciais e legislativas previstas para 14 de fevereiro para 28 de março próximo e as eleições de governadores, de 28 de fevereiro para 11 de abril, foram adiadas por razões de segurança dos eleitores e das pessoas desdobradas nas assembleias de voto ao nível nacional.
O anúncio foi feito sábado último à noite pela Comissão Eleitoral Nacional Independente da Nigéria (INEC).
«O conselheiro encarregue da Segurança Nacional e os chefes de serviço neste domínio disseram-nos que eles precisam de pelo menos seis semanas para concluírem as suas operações militares lançadas contra os insurretos no nordeste mais afetado pela insurreição de Boko Haram. Daí a sua incapacidade de garantir a tarefa de apoio tradicional da Polícia durante as eleições », disse o presidente da INEC, Attahirua Jega, a jornalistas.
Declarou que a decisão de adiar as eleições foi tomada no quadro da Constituição do país, que prevê que as eleições devem realizar-se pelo menos 30 dias antes da data de transferência de 29 de maio próximo.
« Não vamos de qualquer modo aprovar uma disposição que não esteja em conformidade com as disposições da lei », declarou Jega que lançou um apelo a todas partes para aceitarem a decisão.
Garantiu igualmente que as eleições serão livres, justas e credíveis.
Antes do anúncio feito por Jega, a INEC realizou uma reunião de um dia com 26 dos 28 partidos do país, alguns membros das organizações da sociedade civil e 37 comissários eleitorais residentes, entre outros.
A decisão da INEC decorre de campanhas mediáticas realizadas por vários grupos e indivíduos para o adiamento das eleições, mesmo se as razões avançadas são o fraco levantamento dos cartões de eleitor biométricos para 68 milhões e 800 mil eleitores inscritos, em vez da segurança.
Jega declarou que apenas 66,58 porcento dos cartões de eleitor foram distribuídos até ao momento, ou seja 45 milhões de cartões, e que a distribuição continua já que as eleições foram adiadas.
Os Estados de Adamaoua, Yobe e Borno, situados no nordeste do país, e que são mais duramente afetados pela insurreição de Boko Haram, registaram respetivamente 80 porcento, 68,28 porcento e 74,97 porcento de levantamento dos cartões de eleitor denominados cartões permanentes de eleições.
Enquanto se fala sobre a adesão do Partido Popular Democrático (PDP), no poder, ao adiamento das eleições, a oposição principal, nomeadamente o Partido Progrressista do Congresso (APC), se opõe a isto.
Reagindo ao adiamento, o APC qualifica esta decisão de «recuo maior contra a democracia nigeriana » e declarou que « realizará uma reunião de emergência para estudar as suas implicações e informará os Nigerianos sobre as decisões a tomar nos próximos dias”.
Num comunicado, o presidente do APC, John Oyegun, apelou aos Nigerianos para manterem a sua calma e abstendo-se de qualquer violência e atividade suscetível de “agravar este trágico desenvolvimento”.
-0- PANA SEG/ASA/TBM/FK/DD 08fev2015
O anúncio foi feito sábado último à noite pela Comissão Eleitoral Nacional Independente da Nigéria (INEC).
«O conselheiro encarregue da Segurança Nacional e os chefes de serviço neste domínio disseram-nos que eles precisam de pelo menos seis semanas para concluírem as suas operações militares lançadas contra os insurretos no nordeste mais afetado pela insurreição de Boko Haram. Daí a sua incapacidade de garantir a tarefa de apoio tradicional da Polícia durante as eleições », disse o presidente da INEC, Attahirua Jega, a jornalistas.
Declarou que a decisão de adiar as eleições foi tomada no quadro da Constituição do país, que prevê que as eleições devem realizar-se pelo menos 30 dias antes da data de transferência de 29 de maio próximo.
« Não vamos de qualquer modo aprovar uma disposição que não esteja em conformidade com as disposições da lei », declarou Jega que lançou um apelo a todas partes para aceitarem a decisão.
Garantiu igualmente que as eleições serão livres, justas e credíveis.
Antes do anúncio feito por Jega, a INEC realizou uma reunião de um dia com 26 dos 28 partidos do país, alguns membros das organizações da sociedade civil e 37 comissários eleitorais residentes, entre outros.
A decisão da INEC decorre de campanhas mediáticas realizadas por vários grupos e indivíduos para o adiamento das eleições, mesmo se as razões avançadas são o fraco levantamento dos cartões de eleitor biométricos para 68 milhões e 800 mil eleitores inscritos, em vez da segurança.
Jega declarou que apenas 66,58 porcento dos cartões de eleitor foram distribuídos até ao momento, ou seja 45 milhões de cartões, e que a distribuição continua já que as eleições foram adiadas.
Os Estados de Adamaoua, Yobe e Borno, situados no nordeste do país, e que são mais duramente afetados pela insurreição de Boko Haram, registaram respetivamente 80 porcento, 68,28 porcento e 74,97 porcento de levantamento dos cartões de eleitor denominados cartões permanentes de eleições.
Enquanto se fala sobre a adesão do Partido Popular Democrático (PDP), no poder, ao adiamento das eleições, a oposição principal, nomeadamente o Partido Progrressista do Congresso (APC), se opõe a isto.
Reagindo ao adiamento, o APC qualifica esta decisão de «recuo maior contra a democracia nigeriana » e declarou que « realizará uma reunião de emergência para estudar as suas implicações e informará os Nigerianos sobre as decisões a tomar nos próximos dias”.
Num comunicado, o presidente do APC, John Oyegun, apelou aos Nigerianos para manterem a sua calma e abstendo-se de qualquer violência e atividade suscetível de “agravar este trágico desenvolvimento”.
-0- PANA SEG/ASA/TBM/FK/DD 08fev2015