PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Egito qualifica de ingerência "estrangeira" missão da União Africana
Dakar, Senegal (PANA) - O embaixador do Egito no Senegal, Hesham Mohamed Maher, considerou o envio pela União Africana (UA) duma missão de alto nível para o seu país uma "ingerência estrangeira".
Durante um briefing com a imprensa que ele organizou quarta-feira, em Dakar, o diplomata egípcio reiterou "a posição firme do Egito de recusa a qualquer ingerência estrangeira na resolução dos seus assuntos internos (...), embora respeite e faça valer todas as vontades positivas anunciadas por todas as partes para participar na negociação duma saída da crise".
A União Africana enviou para o Egito uma missão de alto nível dirigida pelo antigo Presidente da Comissão da organização continental, Alpha Oumar Konaré, "para se inteirar da realidade da situação no país e organizar reuniões com as diferentes partes interessadas".
Membro pleno da UA, o Egito ratificou, a 1 de fevereiro de 2005, e depositou um mês depois os instrumentos jurídicos do Protocolo relativo à criação do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA, mas ainda não assinou nem ratificou a Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governação.
Depois do golpe de Estado militar contra o regime do primeiro Presidente egípcio democraticamente eleito, Mohamed Morsi, o CPS decidiu, a 5 de julho de 2013, suspender a participação do Egito nas atividades da UA, em conformidade com os regulamentos da instituição continental que proíbem a mudança inconstitucional de governos nos Estado-membros.
O Conselho, que enviou para o Egito, de 27 de julho a 4 de agosto último, uma primeira missão do Painel de Alto Nível, propôs o envio de uma segunda missão, depois dum relatório da primeira entregue à UA, durante a 389ª reunião do CPS, bem como aos parceiros bilaterais e multilaterais da instituição continental representados em Addis Abeba (Etiópia).
Até 14 de agosto de 2013, a Comissão da UA e o Conselho continuavam à espera da reação das autoridades egípcias, incluindo "um não", como o que o seu embaixador em Dakar acaba de comunicar à imprensa local e internacional.
Rejeitando qualquer ingerência "estrangeira" africana, o diplomata egípcio apela, pelo contrário, para uma posição firme dos países africanos "irmãos" contra o que chama de "atos terroristas perpetrados no Egito nos últimos dias", avisando que "qualquer conduta não condenatória desses atos poderá transmitir falsas mensagens a estes grupos terroristas que se achavam apoiados por países africanos.
-0- PANA KAN/SSB/MAR/IZ 22agosto 2013
Durante um briefing com a imprensa que ele organizou quarta-feira, em Dakar, o diplomata egípcio reiterou "a posição firme do Egito de recusa a qualquer ingerência estrangeira na resolução dos seus assuntos internos (...), embora respeite e faça valer todas as vontades positivas anunciadas por todas as partes para participar na negociação duma saída da crise".
A União Africana enviou para o Egito uma missão de alto nível dirigida pelo antigo Presidente da Comissão da organização continental, Alpha Oumar Konaré, "para se inteirar da realidade da situação no país e organizar reuniões com as diferentes partes interessadas".
Membro pleno da UA, o Egito ratificou, a 1 de fevereiro de 2005, e depositou um mês depois os instrumentos jurídicos do Protocolo relativo à criação do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA, mas ainda não assinou nem ratificou a Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governação.
Depois do golpe de Estado militar contra o regime do primeiro Presidente egípcio democraticamente eleito, Mohamed Morsi, o CPS decidiu, a 5 de julho de 2013, suspender a participação do Egito nas atividades da UA, em conformidade com os regulamentos da instituição continental que proíbem a mudança inconstitucional de governos nos Estado-membros.
O Conselho, que enviou para o Egito, de 27 de julho a 4 de agosto último, uma primeira missão do Painel de Alto Nível, propôs o envio de uma segunda missão, depois dum relatório da primeira entregue à UA, durante a 389ª reunião do CPS, bem como aos parceiros bilaterais e multilaterais da instituição continental representados em Addis Abeba (Etiópia).
Até 14 de agosto de 2013, a Comissão da UA e o Conselho continuavam à espera da reação das autoridades egípcias, incluindo "um não", como o que o seu embaixador em Dakar acaba de comunicar à imprensa local e internacional.
Rejeitando qualquer ingerência "estrangeira" africana, o diplomata egípcio apela, pelo contrário, para uma posição firme dos países africanos "irmãos" contra o que chama de "atos terroristas perpetrados no Egito nos últimos dias", avisando que "qualquer conduta não condenatória desses atos poderá transmitir falsas mensagens a estes grupos terroristas que se achavam apoiados por países africanos.
-0- PANA KAN/SSB/MAR/IZ 22agosto 2013