Egito e Junta militar no Sudão respeitam vontade do povo sudanês
Cidade do Cairo, Egito (PANA) – O Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e o general Abdel Fattah Burhan, líder do Conselho Militar de Transição no Sudão, “entenderam-se sobre a prioridade de respeitarem a livre vontade do povo sudanês e as suas escolhas, anunciou no fim de semana último o porta-voz da Presidência egípcia, Bessam Radhi.
As duas personalidades expressaram este acordo durante, no quadro de uma visita de algumas horas, à cidade do Cairo, do chefe da Junta Militar no Sudão, de acordo com Radhi.
A visita do general Burhan, acompanhado por responsáveis militares sudaneses, realizou-se alguns dias antes duma greve geral decretada por responsáveis do movimento de protestos no Sudão que exigem a entrega do poder a um regime civil, assinala-se.
Trata-se da sua viagem para o estrangeiro, desde a sua ascensão à frente do Conselho Militar, após a destituição, em abril último, do ex-Presidente sudanês, Omar el-Bechir, após 30 anos de poder ditatorial.
O Egito e o Sudão estão ligados por relações históricas sólidas, nomeadamente no que diz respeito às águas do Nilo.
Porém, vários assuntos pendentes entre os dois países mancharam estas relações durante o regime de Omar el-Bechir.
O Egito acusa-o de acolher adeptos do movimento rebelde da Irmandade Muçulmana e de se alinhar com a Etiópia no tocante à barragem “A Renascença”.
A Grande Represa da Renascença da Etiópia, anteriormente conhecida como Represa do Milénio e às vezes chamada de Hidase Dam, é uma barragem de gravidade no rio Nilo Azul na Etiópia, em construção desde 2011.
Está na região de Benishangul-Gumuz, na Etiópia, a cerca de 15 quilómetros a leste da fronteira com o Sudão.
O Nilo Azul nasceu na Etiópia, atravessa o Sudão e o Egito antes de desaguar no Mar Mediterrâneo.
-0- PANA YY/IN/BEH/FK/DD 26maio2019