PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Eduardo dos Santos deixa liderança do MPLA em Angola
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, João Lourenço, é desde este sábado o novo presidente do MPLA, em substituição de José Eduardo dos Santos, que liderou este partido no poder em Angola nos últimos 39 anos.
João Lourenço foi eleito novo presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) durante o sexto congresso extraordinário do partido que congregou, na capittal angolana, Luanda, mais de dois mil e 400 delegados das 18 províncias do país.
No seu discurso como novo presidente do partido que governa o país desde a Independência nacional, em 1975, João Lourenço reiterou a sua aposta contra a corrupção, declarando que
"só será possível construir um futuro melhor, se houver coragem de realmente corrigir o que está mal e melhorar o que está bem".
Apelou ao MPLA para que assuma o papel de vanguarda na cruzada contra a corrupção, "mesmo que os primeiros a tombar sejam militantes ou altos dirigentes do partido que tenham cometido crimes ou que (...) estejam a sujar o bom nome da organização partidária".
Segundo João Lourenço, vícios como a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade estão implantados no país e "afetam a confiança dos investidores, minam a reputação e a produtividade de Angola".
Tratando-se de militantes ou dirigentes, disse, "não permitiremos que comportamentos condenáveis desta minoria gananciosa manche o bom nome deste grande partido, que foi criado com suor e sangue para defender uma causa nobre”.
Defendeu a necessidade de se construir um partido onde ser do MPLA "não signifique alcançar benesses com facilidade ou estar mais próximo de ser nomeado ministro, governador ou embaixador, mas de servir Angola e os Angolanos".
Eleito com 98,59 porcento do total dos votos válidos, João Lourenço advogou igualmente o apoio ao empresariado privado para diversificar a economia nacional e reduzir as importações de bens essenciais, "criando e aumentando a oferta de postos de trabalho".
Lourenço comprometeu-se igualmente a abrir maiores possibilidades de acesso ao crédito bancário para todos os cidadãos "que se revelem empreendedores, independentemente da sua filiação partidária".
Disse esperar, com isso, que o espetro do empresariado nacional "seja um verdadeiro arco-íris com a diversidade já existente em termos de género, religião, região de origem, mas também de filiação partidária, onde reina a democracia e o critério seja o de se ser angolano, a criatividade, o empreendedorismo e a capacidade de gestão demonstrados por cada um".
Para isso, realçou que o MPLA deve transformar-se num partido "ainda mais democrático, moderno e aberto, para encarar isso com naturalidade e, de uma forma geral, estar à altura dos novos desafios que a dinâmica dos tempos impõe".
Por outro lado, indicou que o MPLA deve preocupar-se menos com a organização da sua própria vida eterna e "dirigir a sua ação principal para fora de si próprio, trabalhando mais com os cidadãos em geral, com os homens da arte e da cultura, líderes das mais representativas e influentes confissões religiosas, líderes comunitários, jovens e mulheres angolanos, entre outros".
“Aproximemo-nos mais dos verdadeiros representantes da sociedade civil, dos fazedores de opinião, independentemente das posições que defendem, Se nos são favoráveis ou não, tenhamos sempre presente que não há verdades absolutas e que é da diversidade que nasce a luz e o progresso”, sentenciou.
-0- PANA IZ 08set2018
João Lourenço foi eleito novo presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) durante o sexto congresso extraordinário do partido que congregou, na capittal angolana, Luanda, mais de dois mil e 400 delegados das 18 províncias do país.
No seu discurso como novo presidente do partido que governa o país desde a Independência nacional, em 1975, João Lourenço reiterou a sua aposta contra a corrupção, declarando que
"só será possível construir um futuro melhor, se houver coragem de realmente corrigir o que está mal e melhorar o que está bem".
Apelou ao MPLA para que assuma o papel de vanguarda na cruzada contra a corrupção, "mesmo que os primeiros a tombar sejam militantes ou altos dirigentes do partido que tenham cometido crimes ou que (...) estejam a sujar o bom nome da organização partidária".
Segundo João Lourenço, vícios como a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade estão implantados no país e "afetam a confiança dos investidores, minam a reputação e a produtividade de Angola".
Tratando-se de militantes ou dirigentes, disse, "não permitiremos que comportamentos condenáveis desta minoria gananciosa manche o bom nome deste grande partido, que foi criado com suor e sangue para defender uma causa nobre”.
Defendeu a necessidade de se construir um partido onde ser do MPLA "não signifique alcançar benesses com facilidade ou estar mais próximo de ser nomeado ministro, governador ou embaixador, mas de servir Angola e os Angolanos".
Eleito com 98,59 porcento do total dos votos válidos, João Lourenço advogou igualmente o apoio ao empresariado privado para diversificar a economia nacional e reduzir as importações de bens essenciais, "criando e aumentando a oferta de postos de trabalho".
Lourenço comprometeu-se igualmente a abrir maiores possibilidades de acesso ao crédito bancário para todos os cidadãos "que se revelem empreendedores, independentemente da sua filiação partidária".
Disse esperar, com isso, que o espetro do empresariado nacional "seja um verdadeiro arco-íris com a diversidade já existente em termos de género, religião, região de origem, mas também de filiação partidária, onde reina a democracia e o critério seja o de se ser angolano, a criatividade, o empreendedorismo e a capacidade de gestão demonstrados por cada um".
Para isso, realçou que o MPLA deve transformar-se num partido "ainda mais democrático, moderno e aberto, para encarar isso com naturalidade e, de uma forma geral, estar à altura dos novos desafios que a dinâmica dos tempos impõe".
Por outro lado, indicou que o MPLA deve preocupar-se menos com a organização da sua própria vida eterna e "dirigir a sua ação principal para fora de si próprio, trabalhando mais com os cidadãos em geral, com os homens da arte e da cultura, líderes das mais representativas e influentes confissões religiosas, líderes comunitários, jovens e mulheres angolanos, entre outros".
“Aproximemo-nos mais dos verdadeiros representantes da sociedade civil, dos fazedores de opinião, independentemente das posições que defendem, Se nos são favoráveis ou não, tenhamos sempre presente que não há verdades absolutas e que é da diversidade que nasce a luz e o progresso”, sentenciou.
-0- PANA IZ 08set2018