Agência Panafricana de Notícias

Editora camaronesa denuncia violações de direitos de jornalistas

Yaoundé, Camarões (PANA) – O presidente da Federação das Editoras da Imprensa dos Camarões, Haman Mana, deplorou a situação "pouco reluzente" da imprensa camaronesa nos últimos meses.

Falando por ocasião do 24º aniversário do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, Mana
revelou que, para além da precariedade económica dos jornalistas imposta pelos poderes públicos, as ameaças, as intimidações, as audições pelos serviços de segurança, as suspensões de jornais e de jornalistas e a chantagem publicitária são o quotidiano da imprensa camaronesa.

Ele instou o Governo a pôr termo a estas práticas "que já não se registam nos Camarões há 20 anos, mas saudou a abertura de negociações tripartidas entre os responsáveis da imprensa, o Ministério da Comunicação e a Caixa Nacional de Previdência Social para a assistência dos empregados dos media no quadro da conta de afetação a instalar.

O ministro da Comunicação, Issa Tchiroma, anunciou, por outro lado, que estas negociações poderão terminar em 2015 e que a ajuda à comunicação privada poderá aumentar nos próximos dias.

Esta ajuda é de 243 milhões de francos CFA (513 mil 852 dólares americanos) até agosto de 2014. O ministro anunciou a revisão da lei sobre a comunicação social adotada há 24 anos com vista a considerar as realidades atuais na paisagem mediática nacional.

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa foi comemorado sábado sob o lema « Por uma Imprensa Camaronesa Livre, Responsável ao Serviço da Emergência”.

Os Camarões possuem mais de 200 títulos de imprensa escrita, mais de uma centena de rádios e mais de 20 de estações de televisão.

-0- PANA SSB/BEH /FK/IZ 04maio 2014