PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Edil da capital cabo-verdiana pede retirada de invasores de ilhéu ocupado
Praia, Cabo Verde (PANA) – O presidente da Câmara Municipal da Praia, em Cabo Verde, disse, quarta-feira, esperar que as autoridades procedam à desocupação do ilhéu de Santa Maria, invadido por um grupo de indivíduos que querem impedir a construção no local daquele que é tido como o maior empreendimento turístico no arquipélago.
Falando à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Dakar (Senegal), onde se encontra a participar num encontro regional sobre o poder local em África, Ulisses Correia e Silva disse que se está perante uma situação “extremamente negativa” para o país, pelo que, segundo ele, a autoridade do Estado tem que ser exercida.
“Era o que o faltava, as pessoas fazerem ocupação de espaços públicos e espaços que pertencem ao património e toda a comunidade do país”, salientou.
Cerca de 40 membros do chamado movimento "Korrenti di Ativista" estão acampados, desde segunda-feira, 03, no ilhéu de Santa Maria, para protestar contra a construção do empreendimento em causa por considerarem que o mesmo irá servir, sobretudo, para fazer de Cabo Verde um país de "lavagem de capitais, prostituição e turismo sexual".
"Não está demonstrado, nem é intenção criar ali nenhum fenómeno de turismo sexual ou de turismo de droga ou de jogos que possam levar a situações de crime para o país. Essa é percepção criada por essa gente que está a fazer esse movimento. Eu acho que nós não devemos criar quadros no nosso país que afugentem os investidores”, sublinhou.
Ulisses Correia e Silva, que é também o líder do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, disse acreditar que esses “ativistas” não conhecem o projeto e estão a criar estigmas para poder justificar as suas posições.
“Nós sempre nos posicionamos favoráveis a investimentos que possam trazer para Cabo Verde e para Cidade da Praia a criação de riquezas, crescimento económico, emprego e rendimento, que é o que o país precisa, acautelando todos os aspetos que são de acautelar”, realçou o edil que vai ser candidato a primeiro-ministro de Cabo Verde nas eleições legislativas que terão lugar no arquipélago no primeiro trimestre de 2016.
Trata-se de um projeto do empresário chinês David Chaw, da região de Macau, para a construção dum resort turístico e hotel-casino, na capital cabo-verdiana, avaliado em cerca de 250 milhões de dólares americanos.
O projeto prevê a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria e na zona da Praia da Gamboa, na capital cabo-verdiana, numa área de 152 mil e 700 metros quadrados, inaugurando assim a indústria de jogos em Cabo Verde.
Inclui também a construção de um hotel-casino a instalar no ilhéu de Santa Maria, uma marina, uma zona pedonal com comércio e restaurantes, um centro de congressos, infraestruturas hoteleiras e residenciais na zona da Praia da Gamboa e uma zona de estacionamento.
Nos termos do contrato assinado entre o Governo e a Legend Development Company, de David Chaw, a concessão será de 75 anos prorrogáveis por mais 30 e prevê ainda a construção de um hotel na ilha do Maio e um museu dedicado ao período da escravatura.
Segundo David Chaw, o projeto deve arrancar ainda este ano para estar pronto dentro de três anos.
-0- PANA CS/IZ 06ago2015
Falando à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Dakar (Senegal), onde se encontra a participar num encontro regional sobre o poder local em África, Ulisses Correia e Silva disse que se está perante uma situação “extremamente negativa” para o país, pelo que, segundo ele, a autoridade do Estado tem que ser exercida.
“Era o que o faltava, as pessoas fazerem ocupação de espaços públicos e espaços que pertencem ao património e toda a comunidade do país”, salientou.
Cerca de 40 membros do chamado movimento "Korrenti di Ativista" estão acampados, desde segunda-feira, 03, no ilhéu de Santa Maria, para protestar contra a construção do empreendimento em causa por considerarem que o mesmo irá servir, sobretudo, para fazer de Cabo Verde um país de "lavagem de capitais, prostituição e turismo sexual".
"Não está demonstrado, nem é intenção criar ali nenhum fenómeno de turismo sexual ou de turismo de droga ou de jogos que possam levar a situações de crime para o país. Essa é percepção criada por essa gente que está a fazer esse movimento. Eu acho que nós não devemos criar quadros no nosso país que afugentem os investidores”, sublinhou.
Ulisses Correia e Silva, que é também o líder do Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição em Cabo Verde, disse acreditar que esses “ativistas” não conhecem o projeto e estão a criar estigmas para poder justificar as suas posições.
“Nós sempre nos posicionamos favoráveis a investimentos que possam trazer para Cabo Verde e para Cidade da Praia a criação de riquezas, crescimento económico, emprego e rendimento, que é o que o país precisa, acautelando todos os aspetos que são de acautelar”, realçou o edil que vai ser candidato a primeiro-ministro de Cabo Verde nas eleições legislativas que terão lugar no arquipélago no primeiro trimestre de 2016.
Trata-se de um projeto do empresário chinês David Chaw, da região de Macau, para a construção dum resort turístico e hotel-casino, na capital cabo-verdiana, avaliado em cerca de 250 milhões de dólares americanos.
O projeto prevê a construção de uma estância turística no ilhéu de Santa Maria e na zona da Praia da Gamboa, na capital cabo-verdiana, numa área de 152 mil e 700 metros quadrados, inaugurando assim a indústria de jogos em Cabo Verde.
Inclui também a construção de um hotel-casino a instalar no ilhéu de Santa Maria, uma marina, uma zona pedonal com comércio e restaurantes, um centro de congressos, infraestruturas hoteleiras e residenciais na zona da Praia da Gamboa e uma zona de estacionamento.
Nos termos do contrato assinado entre o Governo e a Legend Development Company, de David Chaw, a concessão será de 75 anos prorrogáveis por mais 30 e prevê ainda a construção de um hotel na ilha do Maio e um museu dedicado ao período da escravatura.
Segundo David Chaw, o projeto deve arrancar ainda este ano para estar pronto dentro de três anos.
-0- PANA CS/IZ 06ago2015