PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Economista africano adverte dos Acordos de Parcerias
Económicas Paris- França (PANA) -- Os acordos de Parcerias Económicas (APE), na sua atual versão, não favorecerão o desenvolvimento económico dos países africanos, alertou quarta-feira em Paris um economista camaronês, Ferdinand Bakoup.
"Nota-se bem que, na sua formulação atual, estes acordos visam antecipadamente estimular cada vez mais a procura africana em direção à Europa, ou seja o contrário daquilo que África espera da Europa", advertiu Bakoup, numa entrevista à PANA.
O autor de "África pode ganhar o seu lugar na globalização? para uma política económica sistémica ?" editado na editora Harmattan lamentou que os APE não tivessem em conta as verdadeiras implicações das relações económicas entre as duas partes.
Na sua ótica, a Europa deve tomar medidas para estimular e diversificar a procura europeia de bens e serviços em direção à África.
"Ela deve igualmente orientar a sua ajuda no sentido de melhorar a competitividade das empresas africanas a fim de que elas possam responder eficazmente a esta procura crescente", defendeu Bakoup, dizendo ser de opinião que, em princípio, estes acordos deveriam visar estes principais objetivos.
O também especialista em chefe do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) indicou que estas preocupações que fundamentam as relações económicas equilibradas entre África e Europa foram infelizmente ocultadas pelos APE.
O economista camaronês criticou por outro lado a estratégia europeia visando levar países africanos a assinarem isoladamente os APE, ao passo que África privilegia acordos concluídos com as Comunidades Económicas Regionais (CER), a fim de reforçar a integração regional.
Várias Organizações Não-Governamentais (ONG) africanas e internacionais manifestaram-se em Bruxelas, na Belgica, contra este projeto da UE de levar Estados africanos a assinarem os APE na sua atual versão.
"Nota-se bem que, na sua formulação atual, estes acordos visam antecipadamente estimular cada vez mais a procura africana em direção à Europa, ou seja o contrário daquilo que África espera da Europa", advertiu Bakoup, numa entrevista à PANA.
O autor de "África pode ganhar o seu lugar na globalização? para uma política económica sistémica ?" editado na editora Harmattan lamentou que os APE não tivessem em conta as verdadeiras implicações das relações económicas entre as duas partes.
Na sua ótica, a Europa deve tomar medidas para estimular e diversificar a procura europeia de bens e serviços em direção à África.
"Ela deve igualmente orientar a sua ajuda no sentido de melhorar a competitividade das empresas africanas a fim de que elas possam responder eficazmente a esta procura crescente", defendeu Bakoup, dizendo ser de opinião que, em princípio, estes acordos deveriam visar estes principais objetivos.
O também especialista em chefe do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) indicou que estas preocupações que fundamentam as relações económicas equilibradas entre África e Europa foram infelizmente ocultadas pelos APE.
O economista camaronês criticou por outro lado a estratégia europeia visando levar países africanos a assinarem isoladamente os APE, ao passo que África privilegia acordos concluídos com as Comunidades Económicas Regionais (CER), a fim de reforçar a integração regional.
Várias Organizações Não-Governamentais (ONG) africanas e internacionais manifestaram-se em Bruxelas, na Belgica, contra este projeto da UE de levar Estados africanos a assinarem os APE na sua atual versão.