Economia cabo-verdiana cresce 7%
Praia, Cabo Verde (PANA) - A economia cabo-verdiana cresceu 7,0 por cento, em 2021, após uma recessão histórica de 14,8 por cento, no ano anterior, devido à pandemia da covid-19, apurou a PANA na capital cabo-verdiana.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde cresceu 13,2 por cento no quarto trimestre de 2021, face ao mesmo período de 2020, variação que "resultou de um aumento no consumo final e nas exportações".
A este desempenho soma-se o recuo de 15,5 por cento no primeiro trimestre e os crescimentos de 30,1 por cento no segundo trimestre e de 9,4 por cento no terceiro trimestre.
No seu relatório das Contas Nacionais Trimestrais, o INE aponta assim para uma taxa de variação acumulada que reflete um crescimento anual do PIB de 7,0 por cento, em volume, no ano de 2021.
No quarto trimestre de 2021, o consumo final em Cabo Verde registou uma variação homóloga positiva de 28,1 por cento, o consumo privado aumentou 27,5 por cento, em termos reais, e o consumo público cresceu 29,9 por cento, enquanto o investimento caiu 33,4 por cento face ao mesmo período de 2020, segundo o relatório do INE.
O Governo cabo-verdiano previa um crescimento económico entre 6,5 e 7,5 por cento do PIB em 2021, impulsionada pela retoma da procura turística, que se verificou sobretudo no último trimestre, e de 6,0 por cento, em 2022.
Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25 por cento do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19,
A situação agravou-se, nas últimas semanas, com a escalada de preços nos combustíveis e produtos alimentares devido à guerra, na Ucrânia.
No entanto, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, chegou a admitir, em janeiro último, um crescimento económico de 7,2 por cento do PIB, em Cabo Verde, no ano de 2021.
Ulisses Correia e Silva assinalou, na altura, que Cabo Verde é dos países mais impactados pela crise pandémica.
“É só ver a contração económica de 14,8 por cento, em 2020, para podermos ter uma noção da intensidade e da dimensão desse impacto", precisou.
-0- PANA CS/IZ 01abril2022