PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Economia angolana entra na fase de estabilização após recessão
Luanda, Angola (PANA) - A economia angolana entrou, nos primeiros seis meses deste ano, para a fase de estabilização, depois da recessão registada entre 2016 e 2017, declarou quinta-feira o ministro das Finanças, Archer Mangueira.
Este processo é, segundo o ministro, "resultado das respostas, como a consolidação fiscal e das finanças públicas, dadas pelo Executivo às situações que tentaram estagnar a economia do país".
Archer Mangueira, que falava na abertura do nono Conselho Consultivo do Ministério das Finanças, que vai decorrer até sábado, afirmou que o Programa de Estabilização Macroeconómica traçado pelo seu Governo "está a surtir efeitos, neste ano de 2018".
“Decorrida que está aproximadamente metade do ano de 2018, apraz-nos registar o inegável início do processo de estabilização macroeconómica”, observou Archer Mangueira.
As estimativas mais recentes, feitas no âmbito da elaboração do Programa de Estabilização Macroeconómica para 2018, apontam para um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) na ordem de 2,2 porcento.
Depois de dois anos de recessão económica, este ano (2018) o país vai regressar ao crescimento, assegurou o titular da pasta das Finanças.
Relativamente ao nível geral de preços, perspetiva-se uma taxa de inflação na ordem dos 23 porcento, inferior aos 28 porcento previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2018, contra os 23,67 porcento de 2017.
Para Archer Mangueira, a recuperação do preço do barril de petróleo que se regista nos últimos meses tem estado a influenciar tal tendência.
Visivelmente satisfeito, referiu que “são indiscutivelmente boas notícias e bons sinais do início do processo de estabilização macroeconómica”.
Sem avançar dados, o governante lembrou a “forte” degradação das contas públicas registadas em 2015, 2016 e 2017, em consequência da queda acentuada do preço do barril de petróleo, a partir do segundo semestre de 2014.
Todavia, disse existirem alguns perigos já identificados no programa de estabilização macroeconómica, incluindo a manutenção no mercado de "algumas dinâmicas, com potencial de gerar risco sistémico e um novo ciclo de recessão económica".
Entre essas dinâmicas, apontou a continuidade do crescimento da dívida governamental e dos níveis de stress de tesouraria, a manutenção de um nível baixo de execução de despesas de capital e de bens e serviços, principalmente a nível dos setores sociais.
O aumento do custo do financiamento do investimento privado, a manutenção da procura “reprimida” por divisas e a continuidade de um nível considerável de atrasados cambiais, a elevação do custo da liquidez no mercado interbancário, a elevação do crédito malparado do sistema bancário e a manutenção de níveis elevados de atrasados do Estado para com as empresas, foram outros elementos citados como fatores de risco.
Archer Mangueira insistiu contudo que, do ponto de vista macroeconómico, "2018 tem sido melhor do que 2016 e 2017".
-0- PANA ANGOP/IZ 21junho2018
Este processo é, segundo o ministro, "resultado das respostas, como a consolidação fiscal e das finanças públicas, dadas pelo Executivo às situações que tentaram estagnar a economia do país".
Archer Mangueira, que falava na abertura do nono Conselho Consultivo do Ministério das Finanças, que vai decorrer até sábado, afirmou que o Programa de Estabilização Macroeconómica traçado pelo seu Governo "está a surtir efeitos, neste ano de 2018".
“Decorrida que está aproximadamente metade do ano de 2018, apraz-nos registar o inegável início do processo de estabilização macroeconómica”, observou Archer Mangueira.
As estimativas mais recentes, feitas no âmbito da elaboração do Programa de Estabilização Macroeconómica para 2018, apontam para um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) na ordem de 2,2 porcento.
Depois de dois anos de recessão económica, este ano (2018) o país vai regressar ao crescimento, assegurou o titular da pasta das Finanças.
Relativamente ao nível geral de preços, perspetiva-se uma taxa de inflação na ordem dos 23 porcento, inferior aos 28 porcento previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2018, contra os 23,67 porcento de 2017.
Para Archer Mangueira, a recuperação do preço do barril de petróleo que se regista nos últimos meses tem estado a influenciar tal tendência.
Visivelmente satisfeito, referiu que “são indiscutivelmente boas notícias e bons sinais do início do processo de estabilização macroeconómica”.
Sem avançar dados, o governante lembrou a “forte” degradação das contas públicas registadas em 2015, 2016 e 2017, em consequência da queda acentuada do preço do barril de petróleo, a partir do segundo semestre de 2014.
Todavia, disse existirem alguns perigos já identificados no programa de estabilização macroeconómica, incluindo a manutenção no mercado de "algumas dinâmicas, com potencial de gerar risco sistémico e um novo ciclo de recessão económica".
Entre essas dinâmicas, apontou a continuidade do crescimento da dívida governamental e dos níveis de stress de tesouraria, a manutenção de um nível baixo de execução de despesas de capital e de bens e serviços, principalmente a nível dos setores sociais.
O aumento do custo do financiamento do investimento privado, a manutenção da procura “reprimida” por divisas e a continuidade de um nível considerável de atrasados cambiais, a elevação do custo da liquidez no mercado interbancário, a elevação do crédito malparado do sistema bancário e a manutenção de níveis elevados de atrasados do Estado para com as empresas, foram outros elementos citados como fatores de risco.
Archer Mangueira insistiu contudo que, do ponto de vista macroeconómico, "2018 tem sido melhor do que 2016 e 2017".
-0- PANA ANGOP/IZ 21junho2018