Ebola faz mais de mil mortos na RD Congo
Kinshasa, RD Congo (PANA) - Mil e oito pessoas morreram de Ébola na República Democrática do Congo (RDC), desde a declaração da epidemia, a 1 de agosto de 2018, nas províncias do Kivu-Norte e do Ituri, indica um comunicado oficial transmitido sábado à PANA, em Kinshasa.
Deste total, 942 são de casos confirmados e 66 de casos prováveis, precisa a nota do Ministério congolês da Saúde sobre a situação epidemiológica da doença.
Só na sexta-feira, foram registados 14 mortos, incluindo sete casos comunitários, dos quais dois em Katwa, Beni e Mabalako cada e um em Musienene, e sete no Centro de Tratamento de Ébola (CTE), incluindo três em Mabalako, dois em Butembo e tantos em Katwa.
Segundo o Ministério da Saúde, 19 novos casos confirmados de Ébola foram registados, sexta-feira, incluindo sete em Beni, seis em Katwa, três em Mabalako, um em Musienene, um em Kalunguta (Kivu-Norte) e um em Mandima (Ituri), além de um paciente que foi tratado e saiu do CTE de Beni.
Desde a declaração da epidemia, houve igualmente 422 pessoas tratadas, enquanto 270 casos suspeitos estão sob investigação.
Esta epidemia que afetou essencialmente o nordeste da RDC, nas províncias de Kivu-Norte e do Ituri, foi declarada a 1 de agosto de 2018 pelo ministro da Sáude, Oly Iiunga Kalenga, uma semana depois do surto da doença de maio a julho de 2018, na província de Equador, no noroeste da RDC.
O Governo congolês intensificou a resposta contra este vírus, mas a insegurança crescente nesta parte do país e os ataques diretos bem como a desconfiança da população local a respeito da ajuda complicam as atividades de riposta.
Atualmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) suspendeu as suas atividades de resposta depois do assassinato, a 19 de abril de 2019, do médico Richar Mouzoko, epidemiologista da OMS, de nacionalidade camaronesa, engajado na luta contra Ébola.
-0- PANA KON/IS/SOC/MAR/IZ 05maio2019