Duração de 36 meses de transição validdada na Guiné Conakry
Conaky, Guiné (PANA) - O Conselho Nacional de Transição (CNT) da Guiné acaba dd adotar, em plenária extraordinária, um prazo de 36 meses para a duração da transição contra os 39 meses anteriormente propostos pelo Conselho Nacional de Comissão da Coligação para o Desenvolvimento (CNRD), a junta militar no poder desde a 5 de setembro de 2021.
No total, 78 dos 81 conselheiros nacionais da CNT participaram da plenarioa na presença do atual primeiro-ministro, Mohamed Béavogui, de vários ministros e diplomatas, entre outras personalidades.
O entusiasmo demonstrado pela junta e pelos partidos políticos, que apoiam o período de 36 meses, é minado por várias grandes coligações de formações políticas que denunciam "o confisco do poder" pelo CNRD que derrubou um regime eleito, de Alpha Condé.
Em entrevista à imprensa, o líder do partido Geração Cidadã (GECI), Fodé Mohamed Soumah, denunciou "o golpe" dado pela junta e põs em causa a classe política que, segundo ele, não eu prova de rigor para excluir "prevaricadores das suas fileiras."
"Assistímos a uma confrontação programada, a favor e contra todos. Trata-se de uma provocação por parte da junta", indignou-se, acrescentando que alguns parecem surpresos e que outros acordaram indispostos.
"Estamos a pagar pela falta de rigor por parte da classe política, devido à sua falta de rigor para excluir prevaricadores das nossas fileiras. (...) O CNRD parece não se preocupar com sanções vindouras num país onde o pauperismo se acentua", martelou.
Segundo observadores, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reagirá brevemente a "este longo período de transição" adotado pela CNT.
-0- PANA AC/JSG/MAR/DD 12maio2022