Túnis, Tunísia (PANA) – Uma ONG tunisina denunciou sexta-feira a expulsão de “maneira arbitrária” de duas ativistas senegalesas chegadas na véspera ao aeroporto de Túnis Cartago, provenientes de Casablanca (Marrocos).
Num comunicado, o Fórum Tunisino para os Direitos Económicos e Sociais (FTDES) considera que esta medida foi tomada pelas autoridades aeroportuárias “sem base legal”, revelando que os cidadãos senegaleses "estão isentos de vistos" para entrar em território tunisino.
"As autoridades tunisinas confiscaram-lhes os seus documentos e os seus cartões de embarque e lançaram um procedimento de reenvio para Marrocos”, acrescenta o comunicado, que sublinha que estas duas ativistas cuja identidade não é revelada foram convidadas pelo FTDES para participar numa conferência.
A nota adianta ainda que a associação organizadora deu garantias às autoridades tunisinas da cobertura total das despesas destas pessoas durante a sua estada na Tunísia, para além de que “não representam nenhuma ameaça para a Tunísia e deviam participar numa reunião pacífica organizada pela sociedade civil”.
"O FTDES e a associação Alarmfono denunciam de maneira radical as medidas arbitrárias tomadas pelas autoridades tunisinas e exigem a sua libertação imediata”, lança o comunicado, que vê nisso “uma violação pela Tunísia do direito fundamental dessas pessoas a reunir-se e a agrupar-se paficamente, ao recambiá-los de maneira sumária para Marrocos”.
-0- PANA BB/JSG/MAR/IZ 22março2019